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    Pedro Cláudio Cunca Bocayuva

    Professor do PPDH do NEPP-DH/UFRJ

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    Violência molecular e banalização da crueldade: necropolítica, endocolonialismo e brutalismo

    (Foto: Reprodução)

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    Reflexão para definir as formas que assume o "novo fascismo" como regime de emergência e como modo de governar no mundo contemporâneo. O processo de ativação de máquinas de guerra e aparelhos de dominação (de Estado) tem um efeito de naturalização de ações que combinam cinismo e medo. O que desencadeia um impulso racista, machista e classista de "limpeza" étnica e de fabricação da servidão (in)voluntária. 

    O desamparo, a precariedade e a "vida nua" são impulsionados e ampliam a pulsão de crueldade. Vivemos no século XXI um ciclo de um tempo acelerado na via do excesso e da exceção. No momento calibrado calibrado  pelos marcadores interseccionais atravessados pelo medo servil e, pela morbidez que naturaliza as formas de violência extrema. 

    Estas noções e sua  articulação teórica e analítica permitem entender a conjuntura brasileira, nas múltiplas lógicas da política como guerra difusa contra as populações. 

    Os processos de subjetivação pelo medo tem como base as máquinas de guerra que acentuamo o individualismo possessivo, que se alimenta das formas negacionistas do poder de mobilização de uma estética da destruição. 

    A mistificação pela dimensão semiótica e semiológica do modo de dominação (material e simbólica) coloniza a vida cotidiana, e naturaliza a ação direta miliciana, assim como, a militarização acompanha o sopro do capital especulativo. O ato da extrema direita de provocar continuamente o Estado de Emergência visa a promoção de um golpe permanente  contra as instituições e complementado pelo ataque com o Supremo e contra a Constituicão. 

    Maurizio Lazzarato e Eric Alliez em "Guerras e Capital", Achille Mbembe em Brutalismo e, Étienne Balibar em "La Crainte des Masses", estão na frente nesta leitura ético-político que exige uma nova pedagogia da hegemonia na direção da retomada da democratização como um processo que deitou raízes no bloco social de forças emergente desde a nova centralidade da periferia. 

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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