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    Marcus Atalla

    Graduação em Imagem e Som - UFSCAR, graduação em Direito - USF. Especialização em Jornalismo - FDA, especialização em Jornalismo Investigativo - FMU

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    Zelensky é acusado de vender a Ucrânia à BlackRock

    A imprensa chinesa Guancha declarou que a privatização em massa da Ucrânia resultará na venda completa do país para o Ocidente

    (Foto: Gabinete de Imprensa Presidencial da Ucrânia)

    No capitalismo ultraliberal e financista, cada vez mais as lágrimas e mortes de muitos são o sorriso e muito dinheiro no bolso de alguns. Após as acusações do envolvimento do governo ucraniano na lavagem de dinheiro do Partido Democrata, a partir da arrecadação de fundos de “ajuda” em criptomoedas, por meio da FTX, agora Zelensky é acusado de vender todo o país à BlackRock. 

    Em setembro, o New York Times informou um encontro entre Zelensky, presidente da Ucrânia, e o controlador da BlackRock, Laurence Fink, que administra US$ 8,5 trilhões em investimentos em todo o mundo. Fink teria dado “aconselhamento pro bono” sobre a “criação de um fundo de capital privado e público, para apoiar a recuperação e reconstrução econômica ucraniana”.Em 29/11, a agência Tass noticiou que Zelesky lançaria um programa de “mecenato” a ser oferecido a entidades estrangeiras. Dirigindo-se aos presentes na assembleia preparatória à Expo 2030 em Odessa, disse Zelensky: “Mesmo agora, criamos um sistema especial de patrocínio. O sistema permitirá que países e empresas líderes assumam o patrocínio da reconstrução de regiões, cidades, indústrias e empresas ucranianas”.

    Alegando que vários países estariam interessados no programa, principalmente em investimentos na “energia verde”, elogiando a União Europeia e os Estados Unidos. 

    “Já estamos integrando a Ucrânia à União Europeia. Já nos tornamos parte do Mercado Único da UE. Faremos parte das instituições da UE. Já aderimos ao Sistema Único de Energia da UE. Nós nos tornaremos aqueles cujo potencial em energia ‘verde’ substituirá o combustível fóssil russo sujo para a Europa.”, disse Zelesky.

    A questão ecológica e da energia verde entram no rol das narrativas por sanções econômicas e intervenções, assim como é a “defesa da democracia”, “causas humanitárias”, basta ver como os parlamentares verdes (Bündnis/Die Grünen) foram fundamentais para jogaram a Alemanha nesta crise energética.

    A assessoria do Ministério da Economia ucraniano divulgou em 11 de novembro, o acordo assinado um dia antes em Washington, prevendo que o departamento de Consultoria de Mercados Financeiros da BlackRock assessorará o Ministério da Economia na criação e implementação de uma plataforma de investimentos, cuja competência e governança do fundo é da BlackRock.

    “É muito importante para nós demonstrarmos ao mundo inteiro que a guerra não proíbe os investimentos na Ucrânia. Afinal, são os investimentos que são a chave para a futura recuperação econômica rápida e efetiva. Estamos ansiosos para trabalhar com a BlackRock FMA. Esperamos que esta plataforma de renovação se torne um mecanismo eficaz para mobilizar investimentos em setores-chave da nossa economia”, disse a Vice-chefe do gabinete da presidência, Yulia Sviridenko ao assinar o memorando.

    O ex-deputado do parlamento ucraniano, Ilya Kiva comentou sobre a assinatura: “Na verdade, isso significa que Zelensky vendeu a Ucrânia. Esta transação é uma venda direta do território da Ucrânia. Será a população que não foi incluída nos termos do contrato de venda, quem terá de arcar com os custos. Em um futuro próximo, todos testemunharão a continuação da ‘reciclagem dos ucranianos’. Aqueles que tiverem sorte fugirão”, concluiu Kiva.

    Já a imprensa chinesa Guancha declarou que a privatização em massa da Ucrânia resultará na venda completa do país para o Ocidente e o líder ucraniano Zelensky receberá uma pensão confortável.  “Se Zelensky quiser encontrar um comprador, tudo o que ele precisa fazer é ir para o Ocidente, deixe-o encontrar alguém para vender os restos da grandeza ucraniana e espero que ele encontre esse comprador antes que o país entre em colapso”, disse o autor.

    Entretanto, a venda vai além de ativos ucranianos. Anteriormente, Zelensky decretou o confisco de propriedades russas na Ucrânia. Ativos russos no valor de US$ 765 milhões de dólares foram apreendidos. Além de 903 bens pertencentes ao estado russo, sendo 79 direitos societários e 824 propriedades, segundo informou Ura.ru. Parte dessas propriedades e empresas são remanescentes da URSS.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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