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“Brasil tem o potencial de ser a liderança climática ambiental que precisamos no mundo”, diz Instituto Igarapé

Giovanna Kuele, do Instituto Igarapé, destaca urgência de ações integradas para mitigar crise climática e reforça papel do Brasil como protagonista global

Giovanna Kuele, cientista política do Instituto Igarapé (Foto: Divulgação | Agência Brasil )

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Beatriz Bevilaqua, 247 - Quais são as ações efetivas do planeta para mitigar o caos que criamos?  No episódio desta semana do “Brasil Sustentável”, da TV 247, entrevistamos Giovanna Kuele, cientista política do Instituto Igarapé. Giovanna possui vasta experiência em multilateralismo, incluindo a reforma da ONU, e coordena projetos de pesquisa e advocacia nas áreas de governança global, clima e segurança, prevenção de conflitos e operações de paz.

Ela é doutora e mestre em Ciência Política pela Universidade da Cidade de Nova York (CUNY)."Os problemas globais estão interconectados.Temos a crise climática, a perda da biodiversidade e a poluição. Portanto, precisamos abordar esses desafios de maneira sinérgica e coletiva”, disse Giovanna.

O Instituto Igarapé é um think and do tank independente, que desenvolve pesquisas, soluções e parcerias com o objetivo de impactar tanto políticas como práticas públicas e corporativas na superação dos principais desafios globais. “Nossa missão é contribuir para a segurança pública, digital e climática no Brasil e no mundo”, explicou.

A especialista destacou a importância de responsabilizar os governantes em todos os níveis quando acordos internacionais são firmados. Ela mencionou sua participação na "Cúpula do Futuro", em Nova York, que abordou as mudanças climáticas, afirmando que "devemos manter o limite de 1,5°C do Acordo de Paris, bem como realizar a transição dos combustíveis fósseis".

Giovana também ressaltou a necessidade de conectar esses esforços ao nível local, um trabalho importante do Igarapé. "Na última COP, em Dubai, foi anunciado um fundo global para financiar a conservação de florestas tropicais, focando no pagamento por serviços ecossistêmicos, que remuneram quem ajuda a manter as florestas de pé. Acredito que essa é uma ação concreta e, se avançarmos até a COP30, será um resultado prático."

Segundo ela, é urgente que adotemos medidas de adaptação e desenvolvamos planos de infraestrutura. Também devemos considerar como responder a situações que não podem ser evitadas, embora muitos casos possam ser prevenidos, promovendo a resiliência. "Não haverá adaptação sem mitigação", destacou. Portanto, é crucial que olhemos para essas duas frentes. A mitigação envolve os compromissos de cada país, das empresas e de nós mesmos em reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

No contexto da COP30, Giovanna enfatizou o potencial do Brasil para se tornar uma liderança climática e ambiental. "Para isso, o Brasil precisa apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) com ambição." O presidente Lula já mencionou a intenção de entregar essas NDCs ainda este ano. "O Brasil precisa aproveitar a oportunidade de se posicionar no mundo”.

Giovanna ainda ressalta a necessidade de estabelecer prazos e metas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Embora o Brasil tenha uma matriz energética limpa, é fundamental que avancemos nesse sentido. "Se queremos ser uma potência verde e uma liderança nesse campo, precisamos mostrar que estamos cumprindo nossa parte”, avaliou.

Assista na íntegra a entrevista: 

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