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IFC Amazônia discute produção de pescado como alternativa sustentável para a floresta e seus povos

Com apoio do BNDES e outros bancos públicos, evento reúne ciência, crédito e cultura para impulsionar bioeconomia na região Norte

IFC Amazônia discute produção de pescado como alternativa sustentável para a floresta e seus povos (Foto: Divulgação/Opan/Adriano Gambarini)

247 - A produção sustentável de pescado como vetor de desenvolvimento econômico e preservação ambiental é o foco da segunda edição do IFC Amazônia, que começou nesta quarta-feira (23), em Belém (PA), e segue até sexta-feira (25). A informação é da assessoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos principais patrocinadores do evento, ao lado da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco da Amazônia (Basa) e Banpará. Realizado no Hangar Centro de Convenções, o IFC Amazônia se consolida como o mais importante encontro do setor aquícola e pesqueiro da região Norte em um ano estratégico para o debate climático, que culminará com a COP30, também na capital paraense.

O BNDES tem presença destacada no evento, apresentando suas linhas de crédito e financiamento voltadas à bioeconomia e à sustentabilidade. A diretora de Crédito Digital para MPMEs e Gestão do Fundo do Rio Doce, Maria Fernanda Coelho, reforçou o papel do banco no fomento a modelos econômicos sustentáveis na Amazônia. “O debate no IFC Amazônia está em linha com a atuação do BNDES na Amazônia Legal. Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, por meio de instrumentos como o Fundo Clima e o Fundo Amazônia, o Banco tem apoiado projetos de exploração econômica sustentável na região, que geram trabalho e renda para a população local, preservando a biodiversidade do bioma”, afirmou.

Um dos momentos centrais da programação ocorre nesta quarta-feira, às 14h50, com o painel “As políticas de crédito para a aquicultura e pesca e como acessar?”, voltado a produtores, empresários e empreendedores do setor. O debate reunirá representantes de instituições públicas com atuação direta no fomento à atividade: Caio Cavalcanti Ramos, assessor da Diretoria de Crédito Digital do BNDES; Jefferson Piccini, gerente de Soluções da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil; e Bruno Machado, economista do Ministério da Pesca e Aquicultura. O objetivo é detalhar as possibilidades de acesso a financiamentos para projetos que unam geração de renda e conservação ambiental.

Paralelamente, o IFC Amazônia ocorre de forma integrada ao 23º Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca (Conbep 2025), que este ano bateu recorde com a aprovação de 591 trabalhos científicos. As pesquisas serão exibidas em totens digitais, substituindo os tradicionais banners de lona e contribuindo para a redução de resíduos — uma inovação alinhada ao compromisso ambiental do evento.

O compromisso com a sustentabilidade também se manifesta em atrações culturais e gastronômicas. O IFC Bio Fashion leva às passarelas peças feitas com couro de peixe e tecidos ecológicos, promovendo a moda sustentável. No dia 24, ocorre o 6º Encontro Mulheres das Águas, que reunirá pescadoras, piscicultoras e ribeirinhas para debater liderança e empreendedorismo feminino no setor. Já a Cozinha Show promete encantar os visitantes com receitas inovadoras à base de peixes amazônicos, em uma celebração da biodiversidade e da cultura local, com curadoria da Universidade da Amazônia (Unama) e da Codem.

Com temas como bioeconomia, inovação em biomateriais e adaptação climática, o IFC Amazônia 2025 se consolida como um espaço de articulação entre ciência, negócios, políticas públicas e saberes tradicionais. O evento é correalizado pela Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação (Fundep) e tem apoio institucional de entidades como Abipesca, Peixe BR, Sistema Faepa/Senar, Fepa e Sinpesca, além de contar com o apoio do Governo do Pará, da Sedap, do Ministério da Pesca e do Governo Federal.