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    Pandemia reverte avanços no IDHM do Brasil, mas Nordeste resiste melhor às perdas

    Embora tenha enfrentado desafios, o Nordeste, com políticas e investimentos regionais, conseguiu mitigar de alguma forma os impactos da pandemia

    Comércio (Foto: Reuters/Pilar Olivares)

    247 - A pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, revertendo avanços que haviam sido conquistados até 2019. Divulgado nesta terça-feira (28) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o IDHM de 2021 registrou 0,766, um nível comparável ao de 2015, quando o índice era de 0,765. Este retrocesso de seis anos ilustra os danos causados pela crise sanitária.

    O IDHM, que varia de 0 a 1 – com valores mais altos indicando maior desenvolvimento humano – reflete o impacto negativo da pandemia sobre a expectativa de vida, a frequência escolar e a renda per capita no Brasil. Entre 2012 e 2019, o Brasil viu a expectativa de vida ao nascer aumentar de 74,48 para 76,47 anos, a frequência escolar subir de 98,13% para 99,27% e a renda per capita crescer de R$ 759,11 para R$ 814,30. Contudo, em 2021, a expectativa de vida caiu para 74,16 anos, a frequência escolar reduziu-se para 98,84%, e a renda domiciliar per capita diminuiu para R$ 723,84.

    Apesar do cenário nacional de regressão, os estados do Nordeste demonstraram uma resiliência, apresentando uma inversão menos significativa no ranking de IDH. Esta região, que havia experimentado variações positivas maiores entre 2012 e 2019, foi também a que sofreu perdas menos expressivas entre 2019 e 2021.

    Os estados nordestinos que melhor resistiram às adversidades foram Alagoas, com uma evolução de 5,1% no período analisado, Ceará e Rio Grande do Norte, ambos com 4,7%, Piauí e Pernambuco, com 4,5%, e Maranhão, com 4,3%. Esse desempenho coloca o Nordeste em uma posição de destaque, mostrando que, embora tenham enfrentado desafios, as políticas e investimentos regionais puderam mitigar de alguma forma os impactos da pandemia.

    No panorama nacional, entre 2012 e 2021, 18 estados brasileiros apresentaram um aumento no IDHM, sete registraram queda e dois permaneceram inalterados. 

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