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“Queremos fomentar o desenvolvimento da bioeconomia na Amazônia”, diz Fundação

Organização do terceiro setor implementa na prática a ciência produzida dentro dos laboratórios acadêmicos

Janice Maciel lidera o projeto Jornada Amazônia (Foto: Divulgação | Agência Brasil )

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Beatriz Bevilaqua, 247 - O programa Brasil Sustentável, na TV 247, discute essa semana o potencial da bioeconomia na Amazônia, com uso de recursos biológicos aliados às novas tecnologias. A convidada desta vez é Janice Maciel, à frente da “Jornada Amazônia”, projeto que busca contribuir diretamente para a conservação das florestas, ativando o potencial do ecossistema de inovação de impacto na região.

Por trás desta iniciativa está a Fundação Certi, uma organização do terceiro setor fundada em 1984 por professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o objetivo de implementar na prática a ciência produzida dentro dos laboratórios. Desde o começo há grande incentivo acadêmico à cultura do empreendedorismo entre os alunos, com apoio financeiro e mentorias colaborativas especializadas. 

“A bioeconomia é um setor econômico que tem ganhado relevância como modelo de desenvolvimento que alia conservação com sustentabilidade econômica, melhorando as condições sociais dos habitantes das florestas. Vários estudos demonstram o potencial bilionário local para aumento do PIB, criação de milhares de novos empregos e diminuição da desigualdade social ”, explica Janice. 

Os estados da região amazônica estão entre os de menor IDH no país e a devastação segue acontecendo. Segundo a especialista, para que a economia da floresta se torne competitiva, precisamos melhorar as suas cadeias produtivas. “Queremos gerar valor para conservação da floresta em pé, tornando-a competitiva e viável como modelo de desenvolvimento alternativo e não predatório”, afirmou. 

Em 2023, a Jornada Amazônia teve mais de 5,3 mil inscritos no Programa Gênese, de estímulo à cultura empreendedora, gerando mais de 500 ideias de soluções inovadoras na comunidade do programa. A iniciativa também contou com 662 ideias inscritas no Sinapse da Bioeconomia - dessas, 71 foram selecionadas para receber apoio para sua criação e estruturação como negócio. 

O Sinapse Bio distribuiu ainda R$ 4,9 milhões em recursos não-reembolsáveis para esses projetos, todos com impacto nos estados da Amazônia Legal, contribuindo para a manutenção da floresta. Já o programa Sinergia escolheu, neste ano, 22 negócios já em operação ou atuação na região amazônica para passar por um período de suporte e acompanhamento, visando aumentar sua competitividade e impacto, e  qualificá-los para acesso ao mercado investidor.

As metas até 2025 são mobilizar mais de 20 mil talentos locais e originar pelo menos 200 novas startups. Antes da Amazônia, Janice coordenava o programa “Inovativa Brasil” e “Inovativa de Impacto”, o maior programa de aceleração de startups do Brasil, realizado pelo Ministério da Economia e Sebrae. Nesse período, foi responsável por acelerar mais de 1000 startups, criando comunidades de empreendedorismo em todo o país e fomentando grandes redes de mentores e investidores. 

Confira a entrevista na íntegra: 

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