‘Abin paralela’ espionou pesquisadora que ajudou a banir contas nas redes sociais ligadas a aliados de Bolsonaro
A pesquisadora foi espionada por ter revelado que páginas nas redes sociais foram utilizadas para atacar adversários de Bolsonaro
247 - A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou no governo de Jair Bolsonaro uma pesquisadora responsável por um mapeamento de páginas de apoiadores do ex-presidente que difundiam notícias falsas e ataques nas redes sociais. A vigilância foi feita por meio do programa de espionagem FirstMile, que identificava a localização de pessoas a partir da conexão de dados do celular, informa reportagem do jornal O Globo.
Em julho de 2020, um estudo coordenado pela jornalista Luiza Alves Bandeira, integrante da organização sem fins lucrativos Atlantic Council, levou o Facebook a remover 33 contas, 14 páginas e um grupo da plataforma, além de 37 perfis do Instagram, ligados a aliados e a um assessor do gabinete de Jair Bolsonaro.
Além do monitoramento, a Abin produziu um levantamento com foto e informações da pesquisadora. Ela afirmou ao Globo que acredita que foi alvo de espionagem porque estava avançando no combate à desinformação nas redes que apoiavam Bolsonaro.
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