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    Acidente com cruzeiro tem impacto zero no Brasil

    Naufrgio que ocorreu na Itlia no deve trazer medo aos brasileiros, segundo expectativa do setor de turismo martimo no Pas; nos ltimos cinco anos, o mercado teve crescimento de 35% e aguarda uma tima temporada pela frente

    Acidente com cruzeiro tem impacto zero no Brasil (Foto: Divulgação)
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    Gisele Federicce _247 – O acidente ocorrido com o luxuoso Costa Concordia na sexta-feira passada próximo à costa da Toscana, na Itália, deixou 11 mortos até agora e certamente provocou um grande pânico entre as pessoas a bordo, fossem turistas ou tripulantes. Mas todo o medo vivenciado pelos passageiros no momento do blecaute e da inclinação do navio não deve chegar ao Brasil. A expectativa é que o naufrágio do cruzeiro, que levava 4.231 pessoas, não tenha impacto algum no setor do turismo marítimo nacional.

    Na visão do vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Edmar Bull, o principal motivo de o acidente não provocar prejuízos ao setor é a comprovação de que foi causado por um erro humano. “Os dois meios de transporte mais seguros são avião e navio. O acidente provoca um pouco de cautela, sim, mas eu não diria medo”, afirma. Mesmo considerando a hipótese de funcionários cometerem os mesmos erros do capitão do Costa Concordia, que desobedeu ordens e não seguiu as instruções de segurança, Bull assegura que toda a tripulação, especialmente os comandantes, é muito capacitada, com muitas horas de treinamento e uma grande variedade de tecnologias disponível. Em cima de tudo o que aconteceu, na opinião de Bull é necessário dar mais atenção para os equipamentos e para os treinamentos na evacuação, para que não haja falhas na hora do socorro.

    Em vez de medo, o setor de turismo marítimo no Brasil vai bem, obrigado. Nos últimos cinco anos, o mercado de cruzeiros cresceu uma média de 35% e, apenas em 2010, o número de passageiros teve alta de 12%, sem uma desistência sequer depois da notícia do acidente, segundo o vice-presidente da ABAV. De acordo com informações da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), que representa as maiores empresas armadoras e donas de navios, há previstos para a temporada 2011/2012 – que iniciou em outubro e termina em maio –, 17 navios pelo litoral do País, com oferta de quase 900 mil leitos no total. Os 20 transatlânticos que percorreram a costa brasileira na temporada passada transportaram quase 800 mil passageiros, registrando um crescimento de 10% em relação ao ano anterior.

    BUROCRACIA NOS PORTOS – Um grande problema enfrentado pelo setor hoje é a falta de infraestrutura nos portos do País, o que inclui a burocracia e, por isso, muitas vezes, o desvio da rota de alguns cruzeiros, que desistem de ter de passar por um destino tão difícil de operar, seja com vistos, tributos ou mesmo custo de operação. Para Edmar Bull, o Ministério do Turismo precisa olhar pra isso com mais atenção, já que vêm aí grandes eventos mundiais, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, e o cruzeiro pode ser uma boa opção de hotel flutuante.

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