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Advogados de Ronnie Lessa podem deixar a defesa do ex-PM em caso de delação sobre o assassinato de Marielle Franco

A delação do miliciano acusado de matar a ex-vereadora pode atingir a família Bolsonaro

Ronnie Lessa e Marielle Franco (Foto: Reprodução | Mídia NINJA)

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247 - Advogados de Ronnie Lessa, preso atualmente após ser acusado de matar a ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol), podem deixar a defesa do ex-PM caso ele confirme a intenção de fazer delação à Polícia Federal (PF). Bruno Castro e Fernando Santana afirmaram que são contrários à decisão de Lessa, de acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira (22) no portal Uol.

A colaboração premiada do ex-militar pode envolver a família de Jair Bolsonaro (PL). Lessa morava no mesmo condomínio do ex-mandatário no município do Rio. Outro miliciano, Élcio Queiroz, também conhecia Bolsonaro e admitiu ter dirigido o carro de onde partiram os tiros que mataram a então vereadora em 2018.

Em delação, Queiroz, que está preso, afirmou que Lessa fez os disparos. Marielle foi morta por integrantes do crime organizado. Antes do crime, eles haviam perseguido o carro dela por cerca de três a quatro quilômetros e cometeram o assassinato em um lugar sem câmeras na região central do município do Rio.

Policiais prenderam no ano passado o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, por envolvimento no assassinato da ex-vereadora. Ele atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Élcio Queiroz afirmou ter recebido pagamentos mensais de R$ 5 mil de Suel. E disse que Lessa teria experimentado um "aumento muito grande" em seu patrimônio após o crime. Segundo Queiroz, o ex-bombeiro vigiou Marielle.

Assassinato em 2021, o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, morto em 2021, apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle, acrescentou o delator. Pelo depoimento de Queiroz, Macalé também ajudou o PM reformado a descobrir mais informações da rotina da vereadora, participando do monitoramento dela. Os dois monitoraram Marielle meses antes do crime, que aconteceu em março de 2018.

Queiroz disse que o mecânico Orelha foi acionado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio. A delação apontou que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que trabalham com peças de carros.

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