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    Advogados e juristas denunciam Moro em Comissão de Ética da Presidência da República

    O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sergio Moro é denunciado por cometer atos ilegais admitidos na própria entrevista coletiva em que fez duras acusações a Jair Bolsonaro e anunciou sua saída do Ministério

    Moro entende de quê? (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - Um grupo de 14 advogados e juristas apresenta nesta quinta (30) uma denúncia contra Sergio Moro na Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

    Eles identificam desvios do ex-juiz da Lava Jato, como troca de favores e omissão diante de possíveis atos ilegais de Jair Bolsonaro, que ele admitiu conhecer, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

    O grupo considera que o próprio Moro relatou as tentativas de Bolsonaro para trocar o diretor-geral da Polícia Federal a partir do segundo semestre de 2019.

    Ao não informar a conduta de Bolsonaro a órgãos competentes, o ex-juiz poderá ter violado o Código de Ética do Servidor. Na visão dos advogados, tais incursões de Bolsonaro “foram aceitas [por Moro] sem maiores questionamentos”.

    O grupo de advogados cita também, o discurso de resposta de Bolsonaro a Moro, em que o chefe do Executivo afirmou que o ex-juiz pediu que a direção da PF só fosse alterada em novembro, depois que ele fosse indicado para o STF (Supremo Tribunal Federal).

    Finalmente, os advogados e juristas pedem que a comissão investigue também o pedido de Moro para que fosse garantida uma pensão à família dele caso algo “acontecesse” depois que assumiu o Ministério da Justiça.

    O grupo é liderado pelo jurista Celso Antônio Bandeira de Mello.

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