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Alvo da Polícia Federal é o 'núcleo político' da Abin paralela, formado pelo clã Bolsonaro

Bolsonaro e seus filhos estão no centro das investigações

Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

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247 - A ação policial desta segunda-feira (29) é uma nova frente investigativa mirando a família Bolsonaro, que está sendo investigada há anos também por outros crimes, entre eles a prática de "rachadinha",  a articulação de milícias digitai e a coordenação de ações golpistas contra a democracia e o Estado de direito. 

Na decisão em que autorizou a ação policial contra o clã Bolsonaro nesta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), relata que o objetivo da PF foi "avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]", destaca a coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

"A organização criminosa infiltrada na Abin também se valeu de métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras, com objetivo de 'obter ganho de ordem política posto que criavam narrativas para envolver autoridades públicas de extrato politico oposicionista da então situação'", escreveu Moraes.

A autorização para as buscas —que foram solicitadas pela PF e tiveram parecer parcialmente favorável da PGR (Procuradoria-Geral da República)— tem como base uma mensagem de 2020 em que uma assessora de Carlos Bolsonaro pede, por meio de uma auxiliar de Alexandre Ramagem, então chefe da Abin, que levante informações sobre investigações contra o então presidente da República e seus filhos.

Ramagem, que é próximo da família Bolsonaro e hoje é deputado federal, foi o principal alvo da operação anterior, realizada na última quinta-feira (25). A primeira operação foi realizada em outubro passado. Agora o alvo são o ex-ocupante do Palácio do Planalto e seus filhos. 

A PF diz que informações sigilosas impressas por Ramagem eram "possivelmente para entregar aos destinatários do núcleo político".

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