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    Analistas da Quaest dizem que candidatura Moro desloca Ciro Gomes e tira votos de Bolsonaro

    Tamanho da candidatura Lula não tem comparação com nenhum outro candidato na história recente das eleições presidenciais. Nem com ele mesmo nem com FHC, que se reelegeu em 1994 ou 1998

    Sérgio Moro e Ciro Gomes (Foto: Reuters)

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    Miguel do Rosário, em O Cafezinho - Sugiro aos leitores que assistam a esse vídeo do Genial Investimento, com análises de Felipe Nunes, CEO da Quaest, Jairo Nicolau, cientista político da FGV, e José Marcio Camargo, economista-chefe do Genial, sobre a última pesquisa eleitoral da Quaest, divulgada há poucos dias (íntegra aqui).

    Vou resumir os principais pontos:

    Felipe Nunes
    – Desidratação de Bolsonaro junto a seus próprios eleitores de 2018.
    – Votação espontânea é o “principal indicador para explicar desempenho eleitoral a tanto tempo da eleição”.
    – Crescimento de Lula, de 22% para 29% na espontânea.
    – Entrada de Moro gera mais problemas para Bolsonaro.
    – O ex-juiz rouba votos de Bolsonaro, que tinha até 30% em meses anteriores, e hoje tem 21%.
    – Ciro “diminui bastante”, tinha 11% e 12% e caiu para 6%/7% (em função também do ingresso de Moro).
    – “Lula é que se beneficia” com o aumento da preocupação com a economia e questões sociais.

    Jairo Nicolau
    – O tamanho de Lula hoje não tem comparação com nenhum outro candidato, na história recente das eleições presidenciais. Nem FHC, que se reelegeu em 1994 ou 1998.
    – Moro é “mais uma notícia ruim para Bolsonaro”.
    – Bolsonaro terá que combater em duas frentes: à esquerda, com Lula, e à direita, com Moro.
    – Moro “desbancou o Ciro como terceiro nome”.
    – A queda do Bolsonaro pode ser atribuída à chegada do ex-juiz.
    – Entrada de Moro dificulta o trabalho de Bolsonaro de recuperar o eleitor escolarizado e de renda média, que ele perdeu ao longo desses três anos de governo.

    José Marcio Camargo
    – Ponderou que a rejeição a Lula pode aumentar quando o jogo eleitoral lhe obrigar a aparecer mais.
    – Disse que a economia pode se recuperar a partir do ano que vem, beneficiando Bolsonaro.
    – Ficaria surpreso se Moro crescesse muito além do que já tem hoje. Não parece acreditar muito no potencial eleitoral do ex-juiz.

    Abaixo, a íntegra do vídeo:

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