Anderson Torres se encontrou com Bolsonaro em Orlando
Nesta terça, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou prender Anderson Torres, que continua nos EUA
247 — O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro de Justiça Anderson Torres encontrou-se com o ex-presidente Jair Bolsonaro em Orlando, nos EUA, informou a coluna de Tales Faria, do Uol. O jornalista vincula a informação a “antigos aliados de Jair Bolsonaro”.
Segundo o jornalista, o encontro teria ocorrido no sábado, 7, um dia antes da invasão bolsonarista na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Anderson Torres assumiu como secretário do DF no dia 2 de janeiro, mas logo depois, tirou férias, foi para os Estados Unidos e acabou exonerado da Secretaria após os atos bolsonaristas. Ele foi substituído por um interventor do governo federal, o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.
O interventor acusou Anderson Torres de ter sabotado o esquema de segurança na capital federal, alegando que o ex-secretário mudou todo o comando da secretaria antes de viajar. “No dia 1º, tivemos uma posse com milhares de pessoas e uma operação de segurança extremamente exitosa. O que mudou para o último domingo, dia 8, foi que, no dia 2, Anderson Torres assumiu a Secretaria, exonerou todo o comando e viajou. Se isso não é sabotagem eu não sei o que é”.
Tales Faria afirma: “Segundo os informantes do governo Lula, o ex-presidente Bolsonaro teria mandado auxiliares seus, que o acompanham na estada nos EUA, receberem seu ex-ministro no aeroporto de Orlando”.
O assessor especial Anderson Torres no Ministério da Justiça era o presidente regional do União Brasil, Manoel Arruda, eleito como suplente da chapa para o Senado de Damares Alves (Republicanos), em uma coligação acertada com a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.
Nesta terça-feira, 10, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender Anderson Torres, que continua nos Estados Unidos. A ordem foi dada em resposta ao pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que solicitou a detenção em flagrante de Torres e de demais agentes públicos que tiveram participação ou se omitiram durante a invasão de terroristas bolsonaristas às sedes dos três poderes, em Brasília.
Moraes já havia apontado “o descaso e conivência” de Torres “com qualquer planejamento que garantisse a segurança e a ordem” no Distrito Federal, na determinação que afastou Ibaneis Rocha (MDB) do governo do DF. A Polícia Federal deve cumprir a prisão no momento da chegada de Torres ao Brasil.
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