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    André Constantine: toda favela é um campo de extermínio do povo negro

    Integrante dos movimentos Favela Não se Cala e Parem de Nos Matar falou à TV 247 sobre as recorrentes execuções contra a população negra no Brasil, principalmente nas favelas cariocas. "Nesse dia que se comemora o Dia da Consciência Negra, eu estou aqui para denunciar o genocídio que está ocorrendo no Brasil e que é praticado pelo Estado brasileiro", disse. Assista

    André Constantine (Foto: Ederson Casartelli)

    247 - Integrante dos movimentos Favela Não se Cala e Parem de Nos Matar, André Constantine conversou com a TV 247 sobre a violência e discriminação contra a população negra do país. Ele denunciou o que classificou de "genocídio" dos negros pelo Estado brasileiro.

    Constantine falou sobre a Polícia Militar que, de acordo com ele, vê no negro um alvo. "Eu sei muito bem quem essa polícia defende. Eu negro, pobre e favelado sou alvo. Não suportamos e não aguentamos mais. Foram 111 tiros em um carro em Costa Barros com 5 jovens negros dentro. Eles estavam comemorando o primeiro emprego de um deles. 200 tiros no automóvel do Evaldo que estava conduzindo a sua família para um batizado. 200 tiros e a polícia militar falou que foi por engano. Ninguém dá 200 tiros por engano! O nome disso é execução!".

    "O jovem Rodrigo estava empunhando um guarda-chuva em um dia chuvoso, por causa disso ele foi alvejado por 3 disparos de arma de fogo disparados por policiais militares. Como não se comover com isso? Como não sentir ódio por isso? E nesse dia que se comemora o Dia da Consciência Negra, eu estou aqui para denunciar o genocídio que está ocorrendo no Brasil e que é praticado pelo Estado brasileiro", complementou.

    André Constantine falou que as favelas são como campos de extermínio da população negra. Ele criticou ainda o sistema carcerário brasileiro. "De 100 pessoas que são assassinadas por arma de fogo no Brasil, 77 são negras. Toda favela é um campo de extermínio do povo negro brasileiro. Ontem estávamos trancafiados nas senzalas e hoje estamos trancafiados no sistema carcerário, um dos poucos espaços onde o negro é maioria. Sistema carcerário que não ressocializa ninguém".

    Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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