Após vazamento de documento com orientação contra a esquerda, Igreja Presbiteriana diz que fiéis possuem liberdade política
Documento foi elaborado pelo reverendo Osni Ferreira, da Igreja Presbiteriana Central de Londrina, que já utilizou o púlpito da igreja para defender a reeleição de Jair Bolsonaro
247 - Após um documento interno da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) orientando os fiéis a não votarem em candidatos da esquerda vir à tona, o presidente da instituição religiosa, Roberto Brasileiro Silva, disse que os pastores e membros da congregação religiosa têm liberdade para se posicionarem politicamente.
“A igreja não apoia este ou aquele candidato e não destoa deste ou daquele candidato. Nós damos liberdade aos nossos pastores e aos nossos membros nos seus posicionamentos políticos”, disse Silva ao jornal O Estado de S. Paulo. Apesar da declaração, o relatório fala em afastar os fiéis do “comunismo” e da “nefasta influência do pensamento de esquerda”.
O assunto será debatido na reunião do Supremo Concílio da IPB, instância decisória superior da instituição, que será realizada em Cuiabá entre os dias 24 e 31 de julho. O relatório com as recomendações políticas contra os candidatos de esquerda precisa de aprovação do concílio para se tornar oficial.
O documento foi elaborado pelo reverendo Osni Ferreira, da Igreja Presbiteriana Central de Londrina (PR), que no último dia 3 utilizou o púlpito da igreja para defender a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
“Nos bastidores, a proposta que será debatida no Supremo Concílio é apontada como uma pressão contra fiéis críticos de Bolsonaro e eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não seriam mais bem-vindos no reduto presbiteriano. A cúpula presbiteriana é alinhada ao atual governo”, ressalta a reportagem.
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