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    Aras deu parecer pela manutenção da investigação contra Bolsonaro sobre vazamento de dados da PF

    O PGR recomendou que Alexandre de Moraes, do STF, rejeitasse pedido da defesa de Bolsonaro e seguisse com o inquérito sobre vazamento de documentos sigilosos

    (Foto: ABr)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou pela manutenção do inquérito contra Jair Bolsonaro (PL) que apura a suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da Polícia Federal a respeito de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações são de Lauro Jardim, do jornal O Globo

    A manifestação de Aras pela manutenção da investigação surpreende, visto que o PGR costumeiramente age em alinhamento com Bolsonaro e para agradá-lo.

    A Advocacia-Geral da União (AGU), que trabalha na defesa de Bolsonaro, havia pedido no ano passado uma reconsideração da abertura do inquérito. 

    Aras, por sua vez, sugeriu que o relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, rejeitasse a solicitação. “Há nos autos indícios de que foram reveladas informações relacionadas ao conteúdo do inquérito policial 1361/2018-SR/PF/DF, o qual, segundo a notícia-crime apresentada pelo Tribunal Superior Eleitoral, tramitava em sigilo. Além disso, os elementos colhidos demonstram a existência de anotações do selo de sigilo naquele procedimento, o que justifica a necessidade da manutenção da investigação, inclusive para se chegar à alegada atipicidade”, diz o parecer de Aras que foi apresentado em 13 de dezembro e estava sob sigilo.

    "Por fim, considerando a existência de diligências pendentes de realização, o Ministério Público não se opõe ao pedido de novo prazo para a conclusão das investigações formulado pela autoridade policial. Em face do exposto, o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA manifesta-se pelo indeferimento do pedido de reconsideração, bem como pela concessão de 60 dias para a conclusão das investigações", conclui.

    O inquérito levou Moraes a determinar depoimento de Bolsonaro à PF na última sexta-feira (28), ao qual ele não compareceu

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