Aras rebate nota de O Globo e chama jornal e colunista Malu Gaspar de 'lavajatistas'

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, reiterou que a PGR não aceitará a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, mesmo após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, homologar o acordo e conceder liberdade provisória ao militar. A PGR acredita que detém a exclusividade em firmar esses acordos de delação e considera que a Polícia Federal não possui a autonomia necessária para negociar benefícios com os investigados.

Por meio de nota divulgada em suas redes sociais, Aras se afastou do posicionamento, afirmando que este foi pautado na Constituição, e mencionou casos do chamado 'mensalão' e da 'lava jato'. Ele também citou diretamente a jornalista Malu Gaspar, de O Globo, que, segundo ele, 'desinformou' ao sugerir que Aras teria exercido influência sobre a decisão da PGR. Ele atribuiu a atitude ao que chamou de 'lavajatismo' dentro da imprensa. 

"Alerta aos meios de Imprensa que publicaram textos prejudiciais à população. A Procuradoria-Geral da República não é de Augusto Aras. É da República Federativa do Brasil e é pautada pela Constituição. A PGR, portanto, não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal, como aquelas de Antonio Palocci e de Sérgio Cabral, por exemplo. 

O Subprocurador-geral da República que se manifestou na delação de Mauro Cid apenas postula que se cumpra a Lei. Ele tem independência funcional para tanto. A imprensa lavajatista, que divulga manchetes e matérias vazadas de processos sigilosos, dando prosseguimento à Operação Lava Jato, da qual foi consorciada, é tão nociva quanto aqueles que fornecem informações deturpadas.

A repórter Malu Gaspar sabe bem disso, só não deixou claro, e desinformou, em sua coluna".