Às vésperas do Natal, Itapemirim suspende operações e deixa passageiros sem voos
Passageiros só ficaram sabendo da paralisação do serviço no aeroporto pouco antes de embarcarem. Com bilhetes comprados, eles foram pegos de surpresa quando estavam prestes a embarcar em voos da ITA
247 - A Ita Transportes Aéreos, do Grupo Itapemirim, anunciou na noite desta sexta-feira, 17, suspendeu "temporariamente" todas as operações “para uma reestruturação interna". Em nota, a empresa afirmou que a decisão foi tomada por "necessidade de ajustes operacionais", e acrescenta que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi informada da decisão.
Segundo o G1, passageiros só ficaram sabendo da paralisação do serviço no aeroporto pouco antes de embarcarem. Com bilhetes comprados, eles foram pegos de surpresa quando estavam prestes a embarcar em voos da ITA. Algumas famílias estavam viajando como parte do calendário de festas do final de ano, para o Natal e o Réveillon.
"O meu voo era oito horas da noite, para São Paulo. Chegaram a despachar malas de pessoas desse voo. E, simplesmente, não tem ninguém da empresa dentro do aeroporto, e a empresa comunicou ao Galeão que encerrou as atividades", contou uma passageira ao G1.
"Simplesmente ninguém informa nada. O que se informa no aeroporto é que a empresa encerrou as atividades e a gente teve que ficar na mão. Vou ter que gastar mais dinheiro para poder ir de ônibus porque as passagens (aéreas) estão absurdas", relatou outro.
A ITA orienta os passageiros com viagens programadas para os próximos dias que entrem em contato pelo e-mail falecomaita@voeita.com.br.
O Grupo Itapemirim existe desde 1953, fazendo transporte rodoviário — mas só criou a ITA, de aviação, em junho de 2020. Segundo a empresa, o objetivo era, até junho de 2022, estar presente em 35 destinos no Brasil, com 50 aviões na frota.
A empresa tinha 513 voos programados entre esta sexta-feira e 31 de dezembro, segundo pesquisa no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O caso da ITA lembra os da Vasp, da Transbrasil, da Varig, da BRA, da Webjet, da Avianca, entre outras empresas aéreas que tiveram complicações e foram à falência.
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