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    Kotscho: Fernando Azevedo caiu por não apoiar decreto de Estado de Sítio no Brasil, desejado por Bolsonaro

    Demissão do ministro da Defesa pode gerar a renúncia dos três comandantes das Forças Armadas

    General Fernando Azevedo e Silva (Foto: Marcos Corrêa/PR)
    Guilherme Levorato avatar
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    Revista Fórum - Um dos fatores que pesou para a queda do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, teria sido a recusa dele e das Forças Armadas em emplacar a decretação de um Estado de Sítio pelo presidente Jair Bolsonaro. O mandatário chegou a aventar a possibilidade na última semana, em resposta às medidas restritivas adotadas pelos governadores estaduais diante da pandemia de Covid-19.

    Segundo o colunista Ricardo Kotscho, do Uol, a recusa no apoio à medida autoritária pretendida por Bolsonaro levou à queda do ministro, que estava desde o início do governo no posto, nesta segunda-feira (29). O presidente queria que houvesse pressão dos militares para a aprovação de um estado de exceção no Congresso Nacional.

    “Há várias semanas o capitão já vinha preparando o terreno para adotar essa medida extrema, ao fracassar no combate à pandemia e anunciar que ‘o caos vem aí’. Azevedo e Silva ainda tentou argumentar que as Forças Armadas são instituições de Estado e não de governo, mas o presidente estava decidido a tocar em frente seu plano para dar um autogolpe”, diz Kotscho.

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