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Base de apoio de Bolsonaro, CACs registram mais de 1 milhão de armas de fogo após 'liberou geral' do governo

Afrouxamento das regras de acesso a armas de fogo por civis elevou em 187% o número de armas de fogo em poder dos CACs desde o início do governo Jair Bolsonaro

Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram | REUTERS/Andressa Anholete | Carolina Antunes/PR)

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247 - A corrida armamentista desenfreada pelo afrouxamento das regras que restringiam o acesso de civis a armas de fogo, promovido pelo governo Jair Bolsonaro (PL), praticamente triplicou o número de armas registradas em poder de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs), uma das principais bases de apoio do bolsonarismo. 

Segundo o G1, o arsenal em poder dos CACs cresceu 187% desde o final de 2018, passando de 350,6 mil para 1.006.725 unidades registradas em julho deste ano. Em média, 449 pessoas obtêm licença para usar armas no país a cada 24 horas.

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De acordo com dados militares sobre o assunto, o arsenal de mais de 1 milhão de armas de fogo - que vão de revólveres a fuzis de repetição - está registrado em nome de 673,8 mil CACs. O afrouxamento da legislação sobre o assunto por parte do governo Bolsonaro permitiu que os civis registrados como atiradores, por exemplo, pudessem adquirir até 60 armas de fogo, sendo 30 de uso restrito, como fuzis de repetição. 

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Já os caçadores podem ter até 15 armas de grosso calibre e alto poder de fogo. Não há limite de quantidade de armas para colecionadores. 

“Essa explosão de armas é muito preocupante quando a gente sabe que o Exército não investiu na fiscalização. E isso acontece em um momento do nosso país em que vemos quase 700 mil pessoas armadas (os CACs) com o risco de utilização dessas armas em um momento sensível de nosso país, em que estamos numa campanha eleitoral polarizada", disse Carolina Ricardo, do Instituto Sou da Paz.

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