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    Bolsonaristas admitem derrota e agora querem voto impresso em 2024

    Defensores do voto impresso proposto por Jair Bolsonaro tentam negociar mudança só para 2024

    Fachada do TSE e urna eletrônica (Foto: TSE | José Cruz/Agência Brasil)
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    247 - Os parlamentares bolsonaristas que defendem a adoção do voto impresso nas eleições de 2022  jogaram a toalha e já admitem a derrota. Sabem que a proposta de Jair Bolsonaro não passa na Câmara e  buscam uma negociação com a oposição.

    Os bolsonaristas propõem agora que a mudança no sistema só seja adotada em 2024. 

    A oposição rechaça a manobra. “O problema não é de cronologia, e sim de mérito. Nós confiamos na urna eletrônica”, diz o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP). A informação é da jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo.

    O voto impresso proposto por Jair Bolsonaro é rechaçado por toda a oposição democrática e por amplos setores do Poder Judiciário. 

    O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso opina desde junho, quando a questão passou a ser discutida com maior intensidade na Câmara dos Deputados, que o voto impresso, se adotado, potencializaria o discurso de fraude e suscitaria pedidos de contagem pública de 150 milhões de votos, que só poderia ser feita manualmente. De acordo com o presidente da corte eleitoral, isto levaria o país a "entrar no túnel do tempo e voltar ao tempo das fraudes em que as pessoas comiam votos, urnas desapareciam, apareciam votos novos". A adoção do voto impresso, segundo ele, produziria "um resultado muito ruim", "um mal para a democracia brasileira".

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