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    Bolsonaro aumenta valor do Auxílio Brasil, mas diminui orçamento de outros programas sociais

    Jair Bolsonaro diminuiu o dinheiro para a construção de casas populares, para a distribuição gratuita de remédios e para o Fies

    (Foto: Adalberto Marques/Integração Nacional | Marcello Casal Jr/Agência Brasil | Elza Fiúza/Agência Brasil)
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    247 - Enquanto o governo estuda a possibilidade de aumentar o valor do Auxílio Brasil, de R$ 400, para R$ 600, em ano eleitoral, Jair Bolsonaro (PL) diminuiu o dinheiro para o programa Casa Verde e Amarela, orçado em R$ 1,2 bilhão neste ano, o menor da história. No caso da Farmácia Popular, são cerca de 20 milhões de beneficiários no programa, 1,2 milhão a menos que no ano anterior. Na área educacional, o orçamento do Fies foi reduzido de R$ 22 bilhões em 2018 para R$ 5,5 bilhões neste ano. 

    De acordo com informações publicadas neste domingo (10) pelo jornal Folha de S.Paulo, a média destinada ao programa que tinha o nome de Minha Casa, Minha Vida se aproximava de R$ 12 bilhões por ano. No primeiro ano do governo Bolsonaro, o orçamento foi de R$ 5 bilhões. 

    São cerca de 350 mil unidades habitacionais construídas por ano sob Bolsonaro. Entre 2014 até 2018, foram 438 mil por ano, em média. Em relação às casas entregues, são 410 mil por ano no atual governo. Entre a reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o período de Michel Temer, a média foi de 544 mil por ano.

    O programa Farmácia Popular distribui gratuitamente remédios básicos para hipertensão, diabetes e asma por meio de farmácias privadas conveniadas. Medicamentos para controle de rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de anticoncepcionais, são vendidos com desconto de até 90%.

    A quantidade de farmácias diminuiu para cerca de 30 mil unidades. No início do atual governo, eram 31 mil. Em 2015, auge da rede de atendimento, havia 34,6 mil farmácias.

    Outro lado

    Sobre o programa habitacional, o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela gestão dessa área, afirmou que, "em razão do cenário de restrição orçamentária, o programa Casa Verde e Amarela foi impactado, assim como outros programas do governo". A pasta disse que passou a priorizar a conclusão de obras que estavam paralisadas. Das 180 mil unidades habitacionais que estavam paradas, 130 mil foram retomadas. 

    Ao comentar o Farmácia Popular, o Ministério da Saúde afirmou que "não houve redução no orçamento do programa, considerando os valores previstos na LOA [ou seja, no Orçamento]". Mas, por causa da inflação, a redução no dinheiro chega a quase 25% na comparação com 2018. Os recursos, corrigidos pela inflação, caíram de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,4 bilhões (valor previsto para esse ano de eleição).

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