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    "Bolsonaro cometeu o crime de apologia à tortura", diz Milton Blay

    “Cabe ao procurador-geral entrar com uma denúncia junto ao STF, mas Aras age como um cachorrinho de Bolsonaro”, disse o jornalista Milton Blay, ao comentar a agressão a Dilma Rousseff

    Milton Blay, Bolsonaro e Dilma (Foto: Reprodução | ABr)

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    247 - O intelectual e jornalista Milton Blay disse que Jair Bolsonaro “cometeu crime de apologia à tortura” ao debochar das vítimas da ditadura militar brasileira - entre elas, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) - na segunda-feira, 28.

    Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro citou o caso Celso Daniel, ex-prefeito petista de Santo André morto há 17 anos com 11 tiros. Em sua declaração, falou da ex-presidente Dilma, torturada na ditadura, inclusive por Ustra, figura tratada como herói por Bolsonaro. A ex-presidente foi indenizada em R$ 30 mil pelas atrocidades pelas quais passou. 

    “O PT sempre falava de tortura de militar, né? ‘Oh, tortura, não sei o quê, perseguição’. Quando foi torturado e executado um cara deles, o PT não quis investigar. Os caras se vitimizam o tempo todo, fui perseguido”, falou Bolsonaro. Sobre Dilma, questionou, entre risos: "dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X".

    Para Blay, o procurador-geral da República, Augusto Aras, deveria entrar com uma denúncia contra Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), mas ele “age com um cachorrinho”

    “Cabe ao procurador-geral Augusto Aras entrar com uma denúncia junto ao STF, mas Aras age como um cachorrinho de Bolsonaro”, disse o jornalista, ao comentar a agressão a Dilma Rousseff.

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