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    Bolsonaro deixará pacto de migração e deve dificultar entrada de refugiados

    “O governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech [Marrocos], um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”, disse o futuro ministro das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Araújo

    Bolsonaro deixará pacto de migração e deve dificultar entrada de refugiados (Foto: VALDRIN XHEMAJ)

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    247 com Agência Brasil - Depois de anunciar que deve deixar vários tratados internacionais que o Brasil faz parte em áreas estratégias como meio ambiente, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) também deixará o recém-lançado Pacto Global de Migração, o que deve dificultar a entrada de refugiados no país. O anuncio foi feito pelo embaixador Ernesto Araújo, que será ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro, nesta segunda-feira (10).

    “O governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global de Migração que está sendo lançado em Marrakech [Marrocos], um instrumento inadequado para lidar com o problema. A imigração não deve ser tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de cada país”, afirmou o futuro chanceler em sua conta no Twitter.

    O Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular das Nações Unidas (ONU) foi aprovado hoje por representantes de mais de 150 países na conferência intergovernamental da organização na cidade marroquina.

    Ao discursar na conferência, o secretário-geral da ONU, António Guterres chamou a atenção para "o direito soberano dos Estados de determinar suas políticas de migração e suas prerrogativa para governar a migração dentro de sua jurisdição, em conformidade com o direito internacional", insistiu o secretário-geral.

    Em ocasiões anteriores, o futuro chanceler adiantou como o governo brasileiro pretende lidar com o fluxo migratório. Segundo ele, o país buscará acolher os imigrantes fixando um marco regulatório compatível com a realidade nacional.

    “O Brasil buscará um marco regulatório compatível com a realidade nacional e com o bem-estar de brasileiros e estrangeiros. No caso dos venezuelanos que fogem do regime [do presidente venezuelano Nicolás] Maduro, continuaremos a acolhê-los, mas o fundamental é trabalhar pela restauração da democracia na Venezuela.”

    O embaixador acrescentou ainda que os imigrantes são bem-vindos no Brasil e não serão discriminados. Porém, defendeu a definição de critérios para garantir segurança a todos. Não detalhou quais seriam esses critérios.

    “A imigração é bem vinda, mas não deve ser indiscriminada. Tem de haver critérios para garantir a segurança tanto dos migrantes quanto dos cidadãos no país de destino. A imigração deve estar a serviço dos interesses acionais e da coesão de cada sociedade."

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