Bolsonaro diz que demissões no Inep serviram para dar "a cara do governo" à prova do Enem
O chefe de governo insinuou ainda que havia gastos excessivos com determinados funcionários
247 - Jair Bolsonaro admitiu que esteve por trás dos pedidos de demissão em massa de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que se deram às vésperas da realização do Enem. O chefe de governo afirmou, no fórum de investimentos em Dubai, nos Emirados Árabes, que, agora, as questões da prova começam "a ter a cara do governo".
No dia 4 de novembro, a assembleia da Associação dos Servidores do Inep (Asinep) decidiu - diante de um processo de desmonte que vem acometendo o setor da Educação, desde 2019, com a ascensão de Bolsonaro à presidência da República -, ser necessário lutar pela defesa do Enem de maneira radical. Os funcionários denunciam a gestão do Danilo Dupas à frente do Inep.
Eles acusam Dupas de promover censura, assédio moral e de não assumir a responsabilidade do cargo. As denúncias resultaram no pedido de exoneração coletiva de 37 servidores e coordenadores, muitos que atuam diretamente na execução do Enem. A realização do exame está mantida para 21 e 28 de novembro.
"Começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem. Ninguém está preocupado com aquelas questões absurdas do passado, de cair um tema de redação que não tinha nada a ver com nada. É realmente algo voltado para o aprendizado", disse Bolsonaro.
O chefe de governo disse que "o negócio é complexo" e insinuou que havia gastos excessivos com determinados funcionários. "Não quero entrar em detalhes, mas é um absurdo o que se gastava com poucas pessoas lá. Inadmissível". (Com informações do UOL).
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