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"Bolsonaro é resultado do ovo da serpente chocado no golpe de 2016", diz Dilma

Para a ex-presidenta Dilma Rousseff, a eleição de Bolsonaro e a sua campanha à reeleição são resultado de uma aliança entre o neoliberalismo e o neofacismo

(Foto: Stuckert | Reuters)

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247 - A ex-presidenta Dilma Rousseff palestrou neste sábado (23) no Brazil Summit Europe, seminário em Berlim realizado por alunos brasileiros da Hertie School que contou ainda com os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia, além de formuladores de políticas e professores brasileiros e alemães.

Dilma afirmou que Jair Bolsonaro (PL) é resultado de um “ovo da serpente chocado durante o impeachment” de 2016. “Sabemos que o Bolsonaro é resultado do ovo da serpente chocado no golpe de 2016, no discurso de ódio que o sustentou e na interdição do presidente Lula”, afirmou.

A ex-presidente denunciou que Bolsonaro tem diminuído direitos dos trabalhadores “vem sendo roubado” desde o “impeachment fraudulento”.

“É este o preço cobrado pelos neoliberais para manter algum suporte ao neofascismo”, frisou ela, citando a Reforma Trabalhista e o teto de gastos.

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Para Dilma, a eleição de Bolsonaro e a sua campanha à reeleição são resultado de uma aliança entre o neoliberalismo e o neofacismo, que tinha perdido espaço no Brasil e na América Latina nos anos 2000 e primeira metade dos anos 2010, e que o golpe em 2016 foi “para atender aos neoliberais” e “retomar o projeto ultraconservador brasileiro”;

“A política neoliberal, junto com o neofascismo, constituem os grandes responsáveis pela catástrofe humanitária hoje existente no Brasil”, afirmou Dilma. Segundo ela, a mesma aliança entre essas duas forças estaria colocada neste ano eleitoral.

"O neoliberalismo não tem o chip da moderação, e está aliado ao autoritarismo. A derrota nas urnas e a defesa da ditadura militar colocam sempre no horizonte de Bolsonaro o questionamento do resultado das eleições e a busca por uma intervenção militar em último caso”, afirmou.

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Ucrânia

Sobre o conflito na Ucrânia, Dilma se disse contrária a qualquer política de intervenção baseada em sanções econômicas, como as que vêm sendo aplicadas por diversos países do Ocidente contra a Rússia.

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Para Dilma, a imposição de sanções só produz “mortes, fome e miséria” e não é eficaz para forçar alterações de regime nos países afetados. 

“Somos, da nossa parte, contrários a qualquer política de intervenção econômica baseada em sanções, até porque tal política só produziu mortes, fome e miséria. Temos dois terríveis exemplos, os 60 anos de sistemáticas sanções aplicadas contra Cuba e as recentes sanções contra a Venezuela durante uma pandemia, que provocaram danos à população daqueles países e não alteraram os seus regimes”, disse Dilma.

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