Bolsonaro endossa o filho e acusa Leonardo DiCaprio pelas queimadas na Amazônia
"Leonardo DiCaprio, você está colaborando com as queimadas na Amazônia", disse Jair Bolsonaro na sua live semanal pelo Facebook, sem apresentar provas de suas acusações. Ele também falou sobre a alta nos preços da carne, mas mesmo com o aumento, não vai tabelar ou congelar
247 - Em sua live semanal feita às quintas-feiras no Facebook, Jair Bolsonaro falou sobre os incêndios que tomam conta da floresta Amazônica há meses. Ele endossou o comentário feito pelo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, que sem provas, acusou as ONGs pelas queimadas e ainda culpou o ator Leonardo DiCaprio por fazer doações à entidades que lutam pela preservação da floresta.
Na sua lógica de homem perseguido por todos, Bolsonaro disse que as organizações não-governamentais estariam comprando e divulgando fotos forjadas dos incêndios para receber doações e fazer campanhas "contra o Brasil".
"Uma ONG ali pagou R$ 70 mil por uma foto fabricada de queimada", disse. "O que é mais fácil? 'Toca' fogo no mato. Tira foto, filma, manda para a ONG, a ONG divulga, entra em contato com o Leonardo DiCaprio e o Leonardo DiCaprio doa US$ 500 mil para essa ONG. Leonardo DiCaprio, você está colaborando com as queimadas na Amazônia", acrescentou.
Em sua página nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro disse que o ator doou “USD 300.000 para a ONG que tocou fogo na Amazônia”. Ele se refere à WWF-Brasil, que rebateu as ilações e negou que Leonardo DiCaprio tenha doado dinheiro à entidade.
As declarações de Bolsonaro e de seu filho, Eduardo Bolsonaro, foram para surfar na prisão sem provas de ambientalistas que atuam para apagar o fogo na região de Alter do Chão, no Pará. Na live, Bolsonaro também falou sobre as prisões: “A casa caiu”, afirmou.
No entanto, os quatro brigadistas que foram alvo da Operação Fogo Sairé, da Polícia Civil do Pará, foram colocandos em liberdade ppr determinação da Justiça.
Na live, ele também disse que não vai tabelar ou congelar o preço da carne, que neste mês aumentou dez vezes mais do que em outubro.
"O pessoal anda reclamando do preço da carne, com razão. Subiu. Com nossas andanças pelo mundo, [os países] começaram a comprar mais da gente. Começa-se a vender mais, tem menos para botar na prateleira. Infelizmente isso acontece", justificou Bolsonaro, reforçando que não vai fazer nada para isso mudar.
"Não posso agora querer tabelar, congelar o preço da carne. Não vou fazer, nossa política é de mercado aberto", disse.
Segundo Bolsonaro, o brasileiro tem que se conformar em comer menos carne, pois "não podemos aqui tomar medidas que não deram certo em nenhum lugar do mundo, como exportar menos para abastecer o mercado interno. É a livre concorrência".
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