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    Bolsonaro falsificou certificado de vacina contra a covid para entrar nos EUA, conclui CGU

    Após investigações sobre o caso, órgão concluiu que a certidão do ex-ocupante do Planalto surgiu de uma fraude ao sistema estadual de registro de vacinação contra a Covid-19

    Ex-presidente Jair Bolsonaro no aeroporto de Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

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    247 - A Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou nesta quinta-feira (18) que concluiu a investigação sobre o certificado de vacinação contra a Covid-19 do ex-ocupante do Palácio do Planalto Jair Bolsonaro, afirmando que o registro presente em seu cartão de vacinação é falso. A apuração teve início em 2022, a partir de um pedido de acesso à informação ao Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 (CNVC), com base na Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação).

    Segundo a CGU, foram identificadas inconsistências nos registros fornecidos pelo Ministério da Saúde, levando a investigação a ser encaminhada à Corregedoria-Geral da União. Esta instaurou investigações para apurar possíveis envolvimentos de agentes públicos federais.

    A investigação revelou que Bolsonaro possui um registro de vacinação contra a Covid-19 datado de 19/07/2021, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo (SP). No entanto, dois registros adicionais, feitos em Duque de Caxias (RJ), foram cancelados antes do início das investigações pela CGU.

    As descobertas levaram à Operação Venire pela Polícia Federal, revelando um esquema de fraude a cartões de vacinação envolvendo agentes públicos federais e municipais. O tenente-Coronel Mauro Cid, ex-Ajudante de Ordens da Presidência da República, foi preso preventivamente em maio de 2023 por sua ligação com a falsificação do CNVC de Bolsonaro.

    Durante as investigações, a Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que Bolsonaro não estava em São Paulo no dia da suposta vacinação, tendo voado de SP para Brasília um dia antes e não realizado nenhum outro voo até pelo menos 22/07/2021. Além disso, informações sobre o lote da vacina indicaram que não estava disponível na UBS paulista na data da imunização.

    Depoimentos colhidos pela CGU de funcionários da UBS Parque Peruche negaram ter visto Bolsonaro no local, e a enfermeira indicada no cartão de vacinação também negou ter realizado o procedimento, afirmando não trabalhar mais na unidade naquela data.

    A CGU concluiu que a vacinação registrada em São Paulo é uma fraude ao sistema estadual de registro de vacinação contra a Covid-19. Os resultados das investigações serão encaminhados às autoridades do Estado e do Município de São Paulo para adoção das providências cabíveis.

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