Bolsonaro incluía no roteiro de motociatas agendas oficiais para justificar gastos no cartão corporativo
Bolsonaro incluía agendas oficiais em igrejas e em cerimônias militares para custear com dinheiro público sua própria segurança nos passeios com apoiadores
247 - Jair Bolsonaro (PL) tinha uma estratégia para tentar justificar o pagamento dos custos de suas motociatas com o cartão corporativo da Presidência da República, explica Vicente Nunes, do Correio Braziliense.
Ele incluía no roteiro de motociatas agendas oficiais em igrejas evangélicas e em cerimônias militares. Assim "desviava recursos para bancar toda a estrutura de segurança nesses passeios com apoiadores".
Cada evento de Bolsonaro demandava cerca de 40 seguranças. Portanto, se fossem quatro eventos no mesmo dia, seriam necessários 160 agentes. Nunca eram os mesmos.
"Isso tinha um custo elevadíssimo, pois cada soldado tem direito a quatro refeições simples. Assim, se fossem quatro eventos num dia e 160 seguranças, seriam necessárias 640 refeições. Isso valia para as motociatas, mesmo sendo um evento privado, não da Presidência da República. As despesas eram acrescidas de transportes e pernoite em hotéis. No total, Bolsonaro gastou mais de R$ 27 milhões em cartões corporativos em quatro anos, dos quais R$ 13,6 milhões com hospedagens. Os cartões administrados pelo GSI continuam sob sigilo", diz a reportagem.
Ainda havia os gastos com a família Bolsonaro. Carlos Bolsonaro, por exemplo, mesmo sendo vereador do Rio de Janeiro, passava mais dias em Brasília do que na capital fluminense. Segundo a matéria, ele "dava frequentes 'fugidinhas' para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás. Desde dezembro de 2020, as despesas com familiares de Bolsonaro passaram a ser feitas por meio dos cartões corporativos do GSI".
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