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Bolsonaro insulta repórter da Folha com insinuação sexual

Jair Bolsonaro insultou com insinuação sexual a jornalista Patricia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, por causa de reportagens sobre o disparo em massa de fake news no WhatsApp para favorecer o ocupante do Planalto. "Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]", disse

Jair Bolsonaro e Patricia Campos Mello (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Alice Vergueiro/Abraji)

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247 - Jair Bolsonaro insultou nesta terça-feira (18) com insinuação sexual a jornalista Patricia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, por causa de reportagens sobre o disparo em massa de fake news no WhatsApp para favorecer o ocupante do Planalto. "Olha a jornalista da Folha de S.Paulo. Tem mais um vídeo dela aí. Não vou falar aqui porque tem senhoras aqui do lado. Ela falando: 'Eu sou (...) do PT', certo? O depoimento do Hans River, foi final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele", afirmou Bolsonaro, para em seguida, aos risos, fazer o insulto com insinuação sexual.

"Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]. Lá em 2018 ele [Hans] já dizia que ele chegava e ia perguntando: 'O Bolsonaro pagou pra você divulgar pelo Whatsapp informações?' E outra, se você fez fake news contra o PT, menos com menos dá mais na matemática, se eu for mentir contra o PT, eu tô falando bem, porque o PT só fez besteira", acrescentou ele, em entrevista diante de um grupo de simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada, conforme relato da Folha.

De acordo com Bolsonaro, "tem um povo aqui em referência a um grupo de simpatizantes], alguém recebeu no zap uma matéria qualquer que suspeitou pra prejudicar o PT e me beneficiar? Ninguém recebeu nada. Não tem materialidade, zero, zero zero. Você não precisa mentir pra falar sobre o PT, os caras arrebentaram com Petrobras, fundo de pensões, BNDES...".

A jornalista é a mesma autora de uma reportagem, publicada na campanha de 2018, denunciando uma campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad (PT) financiada por empresas e que teve como base a divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatsApp para favorecer Bolsonaro. A matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan. 

A fala de Bolsonaro foi uma referência ao depoimento de Hans River do Rio Nascimento na CPMI das Fake News. Ele é ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp.

Em dezembro de 2018, uma reportagem da Folha, baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em relatos do depoente Hans River do Rio Nascimento, apontou que uma rede de empresas, entre elas a Yacows, fez o uso fraudulento de nome e CPFs de idosos para registrar chips de celular e, por consequência, disparar lotes de mensagens em benefício de políticos. 

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