Bolsonaro recusa pacto pelo emprego pedido por Flávio Dino
Jair Bolsonaro reagiu com ironia nesta terça-feira ao pedido feito na véspera por Flávio Dino para que ele liderasse um pacto em defesa do emprego: “Governador agora quer que eu faça um pacto pelo emprego, mas ele continua com o Estado fechado”. Desemprego ficou em 12,9% em junho e deve crescer ainda mais no segundo semestre
Reuters e 247 - Jair Bolsonaro reagiu com ironia nesta terça-feira (28) ao pedido feito na véspera pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), para que ele lidere um pacto em defesa do emprego no país após o impacto econômico provocado pela pandemia de Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.
O governador maranhense manifestou-se após declaração do secretário de Política Econômica do Governo Federal, Adolfo Sachsida, alertando que o desemprego, que ficou em 12,9% em junho, irá crescer ainda mais no segundo semestre
“Governador agora quer que eu faça um pacto pelo emprego, mas ele continua com o Estado fechado”, disse Bolsonaro a apoiadores na manhã desta terça-feira ao deixar o Palácio da Alvorada sem citar nominalmente o governador do Maranhão e referindo-se à medidas de distanciamento social adotadas para frear a disseminação do vírus, alvos constantes de críticas do presidente.
A conversa foi transmitida na internet por um dos canais bolsonaristas que acompanham esses encontros.
Na segunda-feira, Dino enviou uma carta a Bolsonaro sugerindo uma reunião com os governadores e presidentes de confederações empresariais e de centrais sindicais para que seja construído um “pacto nacional pelo emprego”. Segundo o governador, a epidemia impôs “desafios sem precedentes a governantes de ordem humanitária, sanitária e econômica”.
Um dos governadores mais críticos de Bolsonaro, Dino cita na carta o cenário previsto pelo Ministério da Economia em que se antecipa um aumento da taxa de desemprego e diz que é preciso planejar com urgência medidas para evitar esse cenário.
O Maranhão foi o primeiro Estado a decretar lockdown total na zona metropolitana de sua capital, São Luís, para evitar o colapso do sistema de saúde. Nesse momento, no entanto, o Estado está em abertura parcial e com queda no número de casos.
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