Bolsonaro se irritou com recado do Exército sobre medidas de controle da pandemia
O general Paulo Sérgio, responsável pelo departamento-geral de pessoal do Exército , comemorou em entrevista as medidas que a corporação tomou para controlar a propagação da doença, em contraste com o desleixo demonstrado pelo presidente da República desde o início da pandemia
247 - O general Paulo, responsável pelo departamento-geral de pessoal do Exército, disse em entrevista no último domingo ao jornal Correio Braziliense, que o Exército segue todas as diretrizes da Organização Mundial de Saúde e que o índice de mortalidade na força é de apenas 0,13%. Isto irritou Jair Bolsonaro que prega exatamente o contrário.
A entrevista do general responsável pelo departamento-geral de pessoal do Exército sobre medidas de sucesso para preservar os integrantes da Força na epidemia da Covid-19 teria sido o empurrão —ou um dos pretextos para precipitar a saída de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.
Autoridade máxima da saúde no Exército, o general Paulo Sérgio relatou na entrevista que a taxa de mortalidade pela doença entre as 700 mil pessoas sob a responsabilidade da arma —além dos militares da ativa, os da reserva e seus dependentes —é de 0,13%, índice bem abaixo dos 2,5% registrados na população geral do país.
O sucesso do combate à pandemia no Exército seria fruto da adoção de uma espécie de lockdown, medida que Bolsonaro abomina. O general advertiu para a possibilidade de uma terceira onda da covid-19 no país, para a qual o Exército já estaria trabalhando.
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