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    Bolsonaro sobre Noruega: "não é aquela que mata baleia e explora petróleo?"

    "A Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer para nós. Pega a grana e ajuda a [chanceler alemã] Angela Merkel a reflorestar a Alemanha", disse Jair Bolsonaro sobre o Brasil deixar de receber R$ 133 milhões para ações de proteção da Amazônia

    (Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

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    247 - Jair Bolsonaro reagiu com ironia ao anúncio da Noruega de suspender o repasse de R$ 133 milhões para o fundo de ações de preservação da Amazônia. Segundo ele, tanto a Noruega e a Alemanha não têm o que oferecer ao Brasil. 

    "A Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer para nós. Pega a grana e ajuda a [chanceler alemã] Angela Merkel a reflorestar a Alemanha", declarou.

    Leia também reportagem da Reuters sobre o assunto:

    Bolsonaro ataca Alemanha e Noruega por suspensão de recursos para ações ambientais

    BRASÍLIA (Reuters) - Confrontado com a informação de que a Noruega também irá retirar recursos inicialmente destinados ao Fundo Amazônia, no valor de 133 milhões de reais, o presidente Jair Bolsonaro mais uma vez respondeu com ataques aos países, incluindo a Alemanha, que no dia anterior também anunciou a suspensão de doações ao Brasil.

    “A Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima, no Polo Norte, não? Que explora petróleo também lá? Não tem nada a oferecer de exemplo para nós. Pega a grana e ajuda a Angela Merkel a reflorestar a Alemanha”, disse o presidente ao ser questionado sobre a decisão dos noruegueses.

    Nesta quinta-feira, o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, confirmou à Reuters a decisão de suspender os repasses ao Fundo Amazônia -financiado em grande parte por seu país, com uma quantia menor da Alemanha- por discordar das mudanças na gestão do fundo que estão sendo feitas pelo governo de Bolsonaro. O governo suspendeu o conselho e o comitê técnico de administração do fundo.

    “A imagem péssima que o Brasil tinha (no exterior) era a subserviência a essas potências. Elas não estão de olho na floresta amazônica, querem a sua soberania e a sua riqueza”, afirmou Bolsonaro. “Nós, na floresta amazônica, temos coisas que o resto do mundo não tem mais. E esse pessoal está de olho nisso.”

    Na quarta-feira, a Alemanha já havia anunciado a suspensão de 155 milhões de reais em financiamento para projetos de prevenção de desmatamento da Amazônia. Os recursos eram destinados a novos projetos e não afetam a verba alemã já investida no Fundo Amazônia, ao menos por enquanto.

    Ao falar da decisão alemã, o presidente já havia atacado a chanceler do país, Angela Merkel.

    “Eu queria até mandar recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu 80 milhões de dólares pra Amazônia. Pega essa grana e refloreste a Alemanha, tá ok? Lá está precisando muito mais do que aqui”, disse em uma entrevista ao chegar à noite no Palácio da Alvorada.

    Bolsonaro voltou a incluir Merkel nas críticas nesta quinta-feira.

    “Eu fico surpreso em ver a Angela Merkel e sua ministra do Meio Ambiente anunciando isso. Como se o país dela fosse algum exemplo para o mundo na questão de preservação ambiental bem como na geração de energia limpa”, reclamou.

    O Brasil tem sido criticado constantemente no exterior pelos índices que mostram aumento no desmatamento desde o final do ano passado, um movimento atribuído às declarações de Bolsonaro. Desde a campanha, o presidente critica as políticas ambientais e chegou a ameaçar sair do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.

    Bolsonaro acusa os críticos de estarem de olho nas riquezas do Brasil e também de usar a questão ambiental em uma guerra comercial.

    “Amazônia a gente tem que brigar para ser nossa. Estamos perdendo a guerra da informação nessa questão tão importante. Ninguém tem o que nós temos”, defendeu. “É só nós explorarmos com racionalidade e agregar valor que nós saímos dessa situação crítica que nos encontramos econômica para o Brasil voar, ir para o espaço.”

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