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    Bolsonaro diz que Brasil 'não está livre de problema do Chile' e defende 'endurecimento da lei'

    Em meio à convulsão social que já deixou 18 mortos no Chile contra a política neoliberal que o Brasil está copiando, Jair Bolsonaro sinalizou que poderá endurecer o regime contra manifestações no Brasil. E o alvo são os movimentos sociais: “No passado botaram uma vírgula na definição de atos terroristas, exceto movimentos sociais. Isso não pode acontecer”

    247 - Em meio à convulsão social que já deixou 18 mortos no Chile, Jair Bolsonaro teme que manifestantes que espalhem para o Brasil e disse que conversou com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para as Forças Armadas estarem preparadas para reprimir possíveis manifestações. 

    “Nos preparamos. Conversei com o ministro de Defesa sobre a possibilidade de ter movimentos como tivemos no passado, parecidos com o que está acontecendo no Chile, e logicamente essa conversa ele leva a seus comandantes, e a gente se prepara para usar o artigo 142 [da Constituição], que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles venham a ser convocados por um dos três poderes”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira pela manhã (hora local) em Tóquio ao conversar com alguns jornalistas depois do café da manhã.

    Após encontro com representantes da comunidade brasileira no Japão, Bolsonaro voltou a falar com os jornalistas e defendeu a reforma da lei anterrorismo, que está tramitando no Congresso.

    “No passado botaram uma vírgula na definição de atos terroristas, exceto movimentos sociais. Isso não pode acontecer”, disse. Para Bolsonaro, “se a pena for dura vai inibir ações desse tipo e o Brasil não está livre de ter problema semelhante ao do Chile”. 

    Segundo o capitão, a ação preventiva a ser adotada “é o endurecimento da lei”, para evitar, por exemplo, mortes de inocentes em ataques como a queima do metrô no Chile.

    Bolsonaro acusou o senador Humberto Costa (PT), a quem chamou de “senador anão”, de agitar as massas para o confronto no Brasil. “É [com] isso que estamos preocupados (com a situação) em quase todos os países da América do Sul. O último país em ebulição é o Chile e o senador Humberto Costa (PT-PE), apesar da estatura dele, um senador anão, não deixa de estimular as massas para o confronto”.

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