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    Bolsonaro tenta se eximir da responsabilidade da crise em Manaus: 'fizemos nossa parte'

    "A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Manaus, terrível o problema lá. Agora nós fizemos a nossa parte, [com] recursos, meios", disse Jair Bolsonaro sobre a crise da falta de oxigênio para pacientes com Covid-19 nos hospitais de Manaus

    (Foto: ABr | Reuters)

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    247 - Jair Bolsonaro tentou, nesta sexta-feira (15), se eximir da responsabilidade pela crise da falta de oxigênio para pacientes internados com Covid-19 nos hospitais de Manaus ao afirmar que o governo “fez a sua parte”. Na ocasião, ele também voltou a defender o uso de medicamentos sem comprovação eficaz para o tratamento da doença. 

    "A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Manaus, terrível o problema lá. Agora nós fizemos a nossa parte, [com] recursos, meios", disse Bolsonaro em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo

    Em seguida, ele voltou a defender o tratamento precoce e o uso da hidroxicloroquina e ivermectina para tratar a Covid-19. As drogas, porém, não possuem eficácia cientifica contra o coronavírus e o seu uso não é recomendado por entidades internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS). 

    "Hoje as Forças Armadas deslocaram para lá [Manaus] um hospital de campanha. O ministro da Saúde [Eduardo Pazuello] esteve lá segunda [11], providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce que alguns criticam ainda. Quem critica não toma, fique tranquilo, se tiver um problema de vírus vai se agravar pela idade. Agora vê o médico e ele vai receitar, pode receitar o tratamento precoce. Se o médico não quiser [receitar], procure outro médico, não tem problema”, disse Bolsonaro.  

    O aumento dos casos e das mortes relacionadas à Covid-19 levou a rede de saúde Manaus ao colapso. Nesta quinta-feira (14), o oxigênio acabou em diversos hospitais da rede pública e diversos pacientes morreram sufocados por falta de oxigenação. 

     

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