Bolsonaro volta a atacar a Coronavac e diz que ela "não tem uma comprovação científica"
Sem citar evidências, Jair Bolsonaro afirmou que "muita gente" não estaria desenvolvendo anticorpos depois de tomar a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (SP). “Então essa vacina não tem uma comprovação científica ainda”
247 - Jair Bolsonaro voltou a sabotar a vacinação no país ao criticar o imunizante Coronavac, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan (SP). Bolsonaro disse que a vacina não tem comprovação científica e, sem citar evidências, afirmou que "muita gente" não estaria desenvolvendo anticorpos depois de tomá-la.
"A Coronavac, o prazo de validade dela parece que é em torno de 6 meses. E assim mesmo muita gente tem tomado e não desenvolve anticorpo nenhum. Então essa vacina não tem uma comprovação científica ainda", disse ele, que também criticou medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores. A entrevista foi concedida à "SIC TV", de Rondônia, e os relatos foram publicados pelo jornal O Globo.
A Coronavac passou por testes clínicos que verificaram sua segurança e eficácia. O Instituto Butantan realizou os testes e os resultados foram enviados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após análise dos documentos, a agência aprovou o uso emergencial da vacina.
Em outubro do ano passado, Bolsonaro atacou a China e anunciou que não compraria insumos do país asiático para a produção de imunizantes.
As agressões dele também colocaram em risco a oferta de vacinas ao Brasil. Em maio, a farmacêutica SinoVac cobrou uma mudança de posicionamento do governo para garantir o envio de insumos ao Butantan.
Outro ataque ao país asiático, em plena pandemia, aconteceu em novembro do ano passado, mas sobre a tecnologia 5G. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) criticou o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, ao dizer que o governo brasileiro declarou apoio a uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China".
Em nota, a embaixada chinesa no Brasil classificou a postagem do parlamentar como "totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento". "A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos", acrescentou a embaixada chinesa.
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