Boulos diz que Campos Neto é um "infiltrado bolsonarista no Banco Central" e cobra redução dos juros
À TV 247, deputado Guilherme Boulos disse que o presidente do BC tem uma “ligação orgânica” com o projeto derrotado nas eleições presidenciais do ano passado
247 - O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) criticou nesta segunda-feira (13) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e afirmou que a taxa básica de juros atual do Brasil está travando o desenvolvimento do país e o êxito do governo Lula.
Em entrevista ao Boa Noite 247, da TV 247, Boulos disse que Campos Neto tem uma “ligação orgânica” com o projeto que foi derrotado nas eleições presidenciais do ano passado. “Campos Neto é um infiltrado bolsonarista no Banco Central. Para quem acha que isso é exagero, é inacreditável que uma semana atrás, depois dos atos golpistas de janeiro, ele foi flagrado num grupo de WhatsApp de ‘Ministros de Bolsonaro’. Ele tem uma ligação orgânica com o bolsonarismo e com a política econômica neoliberal que foi derrotada nas urnas pelo povo brasileiro”, afirmou Boulos.
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O deputado rebateu críticas da oposição bolsonarista, que classificou como “terraplanismo econômico” as medidas apresentadas pela bancada do governo, contra a autonomia do Banco Central e pela convocação de Roberto Campos Neto. “13,75% ao ano a taxa Selic. É a maior taxa de juros reais do planeta. Isso sufoca a economia. Ela é a referência para a taxa de juros aplicada nos empréstimos, no cheque especial, no crédito. Não há justificativa plausível para manter este juros nas alturas, de forma desproporcional ao resto do planeta”, afirmou Guilherme Boulos à TV 247.
Centrais sindicais e movimentos populares protestam contra taxa de juros
Diversas entidades sindicais, movimentos populares e partidos políticos realizam nesta terça-feira (14), no Rio de Janeiro, uma manifestação contra a taxa básica de juros (Selic) de 13,75% e a independência do Banco Central. O protesto acontecerá às 11h, em frente à sede do BC, na avenida Presidente Vargas, 730.
O ato tem apoio de 17 entidades e partidos políticos, como CUT, CTB, CSP, CSB, Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, Força Sindical, UGT, Levante, MST, PT, PCdoB, Psol, Sindicato dos Bancários do Rio, Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e Comitê dos Comitês Populares de Luta do Rio.
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