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    Camargo Corrêa nega participação em acordo de delação

    A empreiteira Camargo Corrêa disse não ter participado do acordo de delação premiada fechado pelo presidente empresa, Dalton Avancini, e o vice-presidente Eduardo Leite. Por meio de nota, a construtora disse ter tomado conhecimento do acordo junto à Justiça por meio da imprensa; ao saber do acordo, o advogado Celso Vilardi, que defende o presidente da construtora, disse que iria renunciar à defesa do réu por não ter sido consultado sobre os termos da delação premiada

    A empreiteira Camargo Corrêa disse não ter participado do acordo de delação premiada fechado pelo presidente empresa, Dalton Avancini, e o vice-presidente Eduardo Leite. Por meio de nota, a construtora disse ter tomado conhecimento do acordo junto à Justiça por meio da imprensa; ao saber do acordo, o advogado Celso Vilardi, que defende o presidente da construtora, disse que iria renunciar à defesa do réu por não ter sido consultado sobre os termos da delação premiada (Foto: Paulo Emílio)
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    247 - A empreiteira Camargo Corrêa disse não ter participado do acordo de delação premiada fechado pelo presidente empresa, Dalton Avancini, e o vice-presidente Eduardo Leite. Por meio de nota, a construtora disse ter tomado conhecimento do acordo junto à Justiça por meio da imprensa. Ao saber do acordo, o advogado Celso Vilardi, que defende o presidente da construtora, disse que iria renunciar à defesa do réu por não ter sido consultado sobre os termos da delação premiada.

    Segundo a nota, os dirigentes da companhia "firmaram acordos individuais de colaboração com o Ministério Público", dando margem à interpretação de que os executivos teriam sido pressionados para firmarem o acordo pelo fato de já encontrarem-se presos pela Polícia Federal durante a Operação Lava jato, que investiga irregularidades na Petrobras.

    "A companhia lamenta que tenham sido submetidos a longo período de prisão, antes do julgamento do caso. Embora não tenha participado do citado acordo, a companhia permanecerá à disposição das autoridades para o que for necessário e sanará eventuais irregularidades, aprimorando a governança administrativa para seguir contribuindo com o desenvolvimento do país", diz o texto.

    Para serem aceitos como delatores, os executivos terão que pagar uma multa de R$ 5 milhões cada. Dalton Avancini e Eduardo Leite já respondem a processo na Justiça Federal por terem sido acusados de pagar propinas de R$ 40 milhões para obter contratos junto a estatal.

    Ao tomar conhecimento do acordo firmaod pelo seu cliente, o advogado Celso Vilardi, que defende Dalton Avancini, disse que não irá mais atuar junto ao seu cliente. "Na segunda-feira vou formalizar a desistência na defesa de Dalton Avancini, transferindo essa opção para o advogado Pierpaulo Botini, que participou do acordo de colaboração com a Justiça. A partir de agora, vou defender apenas João Ricardo Auler, que não optou pelo acordo de delação premiada", disse Vilardi ao jornal O Globo.

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