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    Caminhoneiros divergem sobre greve, mas dizem que possibilidade é 'permanente'

    "O caminhoneiro está muito endividado" e, por isso, uma greve não deve ocorrer tão cedo. Novos aumentos, no entanto, podem ser a gota d'água

    (Foto: ABr)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Lideranças dos caminhoneiros estão divididos sobre a realização de uma greve para protestar contra o alto preço dos combustíveis no Brasil, informa Chico Alves, no UOL. O corte no ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] imposto pelo Congresso Nacional, que diminuiu o preço do diesel, e o auxílio de R$ 1.000 a caminhoneiros não foi suficiente para suprir as demandas da categoria. O que os caminhoneiros pleiteiam é o fim da dolarização dos combustíveis, proposta também defendida pelo ex-presidente Lula (PT), favorito para vencer a eleição presidencial deste ano.

    Presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o "Chorão", diz que a greve não é unanimidade entre os sindicalistas. "Não descartamos a paralisação dos caminhoneiros, mas não vou avisar a data", disse Chorão ao site Congresso em Foco.

    Diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer diz que a paralisação não é o que a categoria planeja idealmente. "Isso porque nas últimas tentativas que se fez o Estado atuou de forma bastante repressiva, seja em pesadíssimas multas, seja na presença do aparato policial". Litti, no entanto, ressalta que a alta dos combustíveis faz da greve uma permanente possibilidade. Para uma paralisação, ele diz, outros profissionais que dependem diretamente dos combustíveis, como os motoristas por aplicativo, precisariam aderir.

    Sobre o voucher dado pelo governo federal, Litti critica: "os R$ 1.000 é um desaforo, é uma tentativa de aproximação da categoria pelo que há de mais antigo, que é a tentativa de compra do cidadão com algo que não resolve, é uma esmola".

    Presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil, José Roberto Stringasci afirma que os caminhoneiros estão em situação financeira delicada e não podem parar de trabalhar para fazer greve. "Tão cedo não teremos esse tipo de mobilização, porque o caminhoneiro está muito endividado, a situação está complicada. Quem está parando é porque não consegue trabalhar mais".

    Ele diz, porém, que novos aumentos nos combustíveis podem ser a gota d'água para uma paralisação. "Se isso acontecer, a população de uma maneira geral vai se mobilizar, não apenas uma categoria profissional".

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