Caso Discord: entenda a rede criada para estuprar e chantagear jovens

247 - Um universitário foi preso este mês pela Polícia Civil de São Paulo sob suspeita de associação criminosa, armazenamento e divulgação de pornografia infantil na internet. Ele estudava direito e recebia até R$ 7 mil mensais trabalhando no desenvolvimento de jogos. As informações são do portal G1.

Durante a investigação, foram encontrados arquivos contendo imagens das vítimas, nas quais ele se referia às meninas como "vagabundas estupráveis". O indivíduo, conhecido como "Verdadeiro Vitor" no Discord, um aplicativo utilizado por adolescentes para discutir sobre jogos, tem 21 anos e foi detido em flagrante em 7 de junho, na cidade de Bauru, interior de São Paulo.

Além dele, outros três jovens também foram presos temporariamente após o programa "Fantástico" revelar o caso em maio. Eles enfrentam acusações semelhantes, além de estupro de vulnerável e ameaça.

Os quatro são acusados de coagir garotas a enviar fotos e vídeos íntimos (nudes). Segundo a investigação, todos eles se conheciam e faziam parte de um grupo virtual onde planejavam seus crimes. Entre as exigências impostas às garotas estavam o envio de mais fotos e vídeos sem roupas, automutilação e marcação da pele com as iniciais dos agressores.

As vítimas também eram forçadas a manter relações sexuais com os agressores. Alguns abusos e agressões eram registrados em vídeo e compartilhados pelos criminosos no Discord. Duas das vítimas são adolescentes, uma de 13 anos, de Santa Catarina, e outra de 16 anos, de São Paulo.

A polícia também investiga a possibilidade de que o grupo tenha estuprado e ameaçado outras cinco garotas, sendo três em São Paulo, uma no Espírito Santo e outra no Amapá.

Além disso, eles estão sendo investigados por apologia ao nazismo, racismo e tráfico de drogas. Também está sendo apurada a possível participação de algum dos presos no assassinato de um morador de rua.