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    Clã Bolsonaro foi beneficiado por vazamento da PF antes das eleições, assegura Paulo Marinho

    Com isso, foi possível demitir Fabrício Queiroz e outros personagens envolvidos no esquema da rachadinha antes da disputa presidencial

    Paulo Marinho, Flávio Bolsonaro e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reprodução/Instagram)

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    Sputnik – O suplente do senador Flávio Bolsonaro, o empresário Paulo Marinho, prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) e contou como ocorreu o suposto vazamento de uma operação da Polícia Federal ao filho do presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2018.

    Em trechos do depoimento divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Jornal Nacional, Marinho declarou que no dia 13 de dezembro de 2018 participou de uma reunião em sua casa, onde eu amigo de infância de Flávio Bolsonaro, Victor Granado, teria revelado como foram vazadas as informações de um delegado da Polícia Federal.

    Foi dito também que Flávio Bolsonaro teria ainda escolhido o chefe de gabinete do senador, Miguel Ângelo Braga, e sua ex-assessora Valdenice Meliga para pegar as informações da Polícia Federal.

    "O Braga fala com o Flávio, o Flávio designa então que o Braga, o Victor e a Val fossem ao encontro dessa pessoa para saber do que se tratava. E aí fizeram contato e marcaram um encontro na porta da Polícia Federal. Este suposto delegado disse aos três, ou disse ao Braga, 'vocês, quando chegarem, me telefonem que eu vou sair de dentro da Superintendência, até para você ver que sou um policial que estou lá dentro, e lá fora a gente conversa'", disse Marinho ao MPF.

    O empresário também declarou que o delegado antecipou informações sobre a operação que culminou na prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz.

    "Esse delegado disse a eles, 'olha, esta operação vai alcançar o Queiroz e a filha dele. Estão no seu gabinete e no gabinete do seu pai. Tem movimentação bancária e financeira suspeita. E nós estamos aqui, eu estou, eu sou simpatizante do seu pai, do Bolsonaro, e vamos tentar não fazer essa operação agora entre o primeiro e o segundo turno para não criar nenhum embaraço durante a campanha'", afirmou.

    "Como disse que a operação não iria acontecer para não criar nenhuma dificuldade, eventualmente, pela narrativa que a operação ia trazer, pela presença do Queiroz e da filha [...] Então, Flávio deve ter informado ao pai, e o pai, imediatamente, mandou demitir", acrescentou.

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