Coaf não nega nem confirma investigação contra Greenwald, mas diz que "poderá ocorrer"
Em resposta ao TCU, sobre a possível investigação da Polícia Federal contra o jornalista Gleen Greenwald, o presidente do Coaf, Jorge Luiz Alves Caetano, não confirmou nem negou que exista uma investigação
247 - Em resposta ao Tribunal de Contas da União (TCU), que questionou sobre um eventual pedido da Polícia Federal, o presidente substituto do Coaf, Jorge Luiz Alves Caetano, não confirmou nem negou que exista uma invgestigação contra o jornalista Glenn Greenwald, que é editor do The Intercept Brasil, site que revelou as mensagens trocadas entre o ministro Sergio Moro, da Justiça, com procuradores da Operação Lava Jato quando ele era juiz.
Jorge Luiz afirmou, de forma genérica, que o órgão "não realiza investigações, nem mesmo a pedido da Polícia Federal ou de qualquer outro órgão, tampouco analisa financeiramente as contas de pessoas físicas ou jurídicas".
No entanto, o órgão diz que "poderá ocorrer que o Coaf produza um RIF (Relatório de Investigação Financeira) ao obter, por comunicação feita pela Polícia Federal, algum elemento de informação que se revele, em conjunto com informações já possuídas pelo Coaf, significativo para a identificação de fundados indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro ou de qualquer outro ilícito. Em que pese o jargão se referir a esse modelo como 'RIF a pedido', não se trata, a rigor, de um RIF por encomenda. Segue sendo uma autuação desempenhada ex oficio [por imperativo legal]".
De acordo com reportagem de Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o Coaf não esclarece, porém, se fez um RIF sobre Glenn Greenwald nem se recebeu qualquer "elemento de informação" da PF sobre ele.
O ministro Paulo Guedes, da Economia, seguiu o mesmo roteiro. Guedes disse que não tinha sequer conhecimento dos fatos noticiados sobre a suposta investigação e que não orientou nem determinou "nenhuma providência por parte do Coaf em eventuais investigações levadas a efeito".
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