Com Bolsonaro e Milton Ribeiro, Enem 2021 tem o menor número de inscritos pretos, indígenas e pobres dos últimos dez anos
Somente 3,1 milhões se cadastraram para realizar o exame neste ano, o que representa o menor número de inscrições dos últimos 14 anos. A redução é causada principalmente pela exclusão de estudantes negros e pobres
247 - Sob a gestão de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Educação, Milton Ribeiro, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2021 tem a menor proporção de inscritos pretos, pardos e indígenas dos últimos dez anos. Além disso, a prova tem a menor participação de candidatos com renda familiar de até 1,5 salário mínimo.
Desde 2009, o Enem seguia uma trajetória de inclusão, registrando aumento na participação de tais grupos na prova, a principal porta de entrada ao ensino superior no Brasil.
Somente 3,1 milhões de estudantes se cadastraram para realizar o exame neste ano, o que marca o menor número de inscrições dos últimos 14 anos. O Enem já chegou a ter 8,7 milhões de inscritos. A redução é causada principalmente pela exclusão de estudantes negros e pobres, já que o governo Bolsonaro decidiu retirar a isenção de taxa para aqueles que faltaram na última edição da prova, feita em um dos piores momentos da pandemia de Covid-19 no país.
Somente 11,7% dos inscritos para o Enem 2021 são pretos, segundo dados do Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior). Este é o menor índice desde 2009, quando eles representaram 6,3% dos inscritos. Em 2016, por exemplo, 1,1 milhão de inscritos eram pretos. Agora, o número caiu para 362,3 mil.
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