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    Com multidão na PUC, Lula denuncia Bolsonaro: “está brincando com o país”

    Em evento com a participação de políticos de diferentes convicções políticas, artistas e personalidades, Lula afirmou que Bolsonaro é um “cidadão anormal, um mentiroso compulsivo”

    (Foto: Ricardo Stuckert)

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    247 - O ex-presidente Lula (PT), ao lado do candidato petista ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, lotou o auditório do TUCA, teatro da PUC, e ainda reuniu uma multidão nas ruas no entorno da universidade. Em evento com a participação de políticos de diversos espectros, como a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-ministro Henrique Meirelles, o ex-presidente denunciou o governo Jair Bolsonaro (PL).

    Lula disse que agora é hora de derrotar Bolsonaro “ou a gente vai se arrepender pelo resto da vida”, e ainda criticou: “jamais imaginei depois da nossa experiência de governo e da Constituição de 1988 que a gente pudesse ter o retrocesso que a gente teve”.

    “Esse país foi destruído. Tudo o que a gente fez em 8 anos, mais quatro anos da Dilma. Dinheiro da Saúde, da Educação, da Cultura, da Ciência. Tudo foi sendo diminuído até que a gente não tenha mais nada. Porque esse governo não gosta de cultura, educação, saúde, de gente, do povo, do trabalhador. Só gosta dos milicianos dele”, afirmou.

    Lula ainda afirmou que Bolsonaro é um “cidadão anormal, um mentiroso compulsivo”. “Bolsonaro está brincando com o país. Não conversa com sindicato, com trabalhador, com movimento negro, com movimento de mulheres, com empresário sério, com prefeito, com governador”, criticou.

    Respondendo às críticas de uma parcela da direita sobre “responsabilidade fiscal”, o ex-presidente afirmou que, durante o seu governo, a política de inclusão social era feita sem endividar o País. O comentário foi feito enquanto o candidato lembrou que o Brasil, no seu governo, pagou a dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI), fez empréstimo a fundo e mesmo assim criou uma reserva de cerca de R$ 350 bilhões, “que é o que está salvando esse país até hoje”.

    O ex-presidente afirmou que era necessário pagar a dívida ao FMI, pois não queria mais norte-americano “descendo no meu país”. Sobre política externa, Lula voltou a afirmar que “vamos falar com a Bolívia no mesmo tom que fala com os Estados Unidos”, sem entrar na “Guerra Fria” entre os norte-americanos e a China, e voltando a conversar tanto com a União Europeia, quanto com a América Latina e a África.

    Segundo ele, as políticas de inclusão social e desenvolvimento são importantes, porque o o Brasil tem uma dívida com o povo negro, pobre, com as mulheres e os indíginas, “e temos que pagar essa dívida fazendo políticas de inclusão social”. “O pobre não gosta de ser pobre. Só é porque não teve oportunidade. Por isso, no nosso governo, educação não é gasto é investimento. Senão, o país nunca será desenvolvido”, destacou ao defender também o aumento real do salário mínimo – o que não aconteceu nem com o golpista Michel Temer (MDB), nem com Jair Bolsonaro.

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