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Com pai fora do poder e sem aliados, situação de Carlos Bolsonaro, investigado por rachadinha, é delicada

“Ele tem muito menos amigos que o Flávio e ainda se enrolou com fake news e atos antidemocráticos, o que deve complicar a sua situação”, disse um integrante de corte superior

Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)

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247 - As investigações acerca de um esquema de rachadinha no gabinete do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) tem levado ministros e integrantes do Ministério Público Federal (MPF) a avaliarem que a situação do filho de Jair Bolsonaro (PL) é ainda mais complicada que a do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações contra ele acabaram invalidadas devido uma série de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Os fatos são similares, mas a situação é completamente diferente. Ao contrário do irmão, Carlos não contará com rede de proteção, porque o pai já não é mais presidente”, disse um ministro de tribunal superior ouvido pela coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo. Carlos é investigado pelo MP-RJ pela suspeita de que seu chefe de gabinete na Câmara de Vereadores, Jorge Luiz Fernandes, recebeu R$ 2,014 milhões em créditos depositados por seis servidores. 

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Um outro ponto de dificuldade para Carlos está no fato dele não possuir ligações políticas e jurídicas sólidas como as do irmão, que chegou até mesmo a influenciar na indicação de integrantes de tribunais ao longo dos quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro. 

“Ele tem muito menos amigos que o Flávio e ainda se enrolou fake news e atos antidemocráticos, o que deve complicar a sua situação”, disse um outro membro do Judiciário ouvido pela reportagem. 

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O terceiro ponto em desfavor de Carlos está no fato de que seu pai também é alvo de diversas investigações. Pesam sobre o ex-mandatário 16 ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que podem torná-lo inelegível, além de ser investigado no âmbito dos inquéritos das fake news, das milícias digitais, dos terroristas de 8 de janeiro e do que apura uma suposta interferência indevida na Polícia Federal.

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