Com pretensão de ser frente ampla, movimento Direitos Já realiza ato com defecções de Temer e Sarney
Os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney, que tinham confirmado presença no ato virtual da próxima sexta-feira (26), organizado pelo movimento Direitos Já, informaram que não irão mais participar. Há uma profunda divisão sobre o caráter do evento
247 - Organizadores do ato virtual do movimento Direitos Já passaram a sexta-feira (24) travando uma disputa sobre o caráter do evento pela democracia.
O ex-presidente Michel Temer, um dos protagonistas do golpe antidemocrático que derrubou a presidente Dilma Rousseff, chegou a mandar um vídeo para o movimento, mas desistiu por achar que há tom crítico a Bolsonaro, informa o Painel da Folha de S.Paulo.
O líder do movimento Direitos Já, o sociólogo Fernando Guimarães, afirma que o ato virtual em defesa da democracia do Direitos Já está de pé.
Guimarães diz não acreditar que o ex-presidente não tenha entendido que haveria críticas ao governo.
"No momento em que estamos, com o presidente indiferente a mais de 50 mil mortos e indo vai a um ato que pede o AI-5, tem como imaginar reunir pessoas da política e da sociedade para rezar uma missa?", disse o organizador. "Não vou subestimar a experiência política de Michel Temer. É óbvio que o trato é franco e a compreensão é clara", completou Guimarães, segundo o Painel.
Este não é o único motivo do racha no movimento Direitos Já. O problema principal é que os organizadores pretendem que em torno dele se organize a frente ampla democrática, mas em seu interior há antagonismo entre as forças de esquerda, que defendem como palavra de ordem "Fora Bolsonaro", e as de centro e de direita, que apostam na pressão democrática sobre o governo, expressando uma oposição moderada e conservadora. O Direitos Já está longe de ser uma frente ampla democrática ao tentar abrigar em seu interior forças golpistas e neoliberais.
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