Comandante do Exército pode entregar o cargo, diz Luís Costa Pinto
O jornalista revelou, em entrevista à TV 247, que o comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio, pode entregar o cargo após a nomeação de Pazuello ao cargo de secretário da Presidência. Segundo ele, os militares “estão sendo espezinhados, bypassados, transformados em nada por um capitão que foi expulso da tropa e por generais de pijama”. Assista
247 - O jornalista Luís Costa Pinto, em entrevista à TV 247, afirmou que a nomeação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ao cargo de secretário da Presidência da República causou grande indignação no Exército. Ele avalia que a nomeação deve ser punida pela instituição.
“Eles não têm muito o que fazer, mas não vão deixar barato internamente, porque eles exigem a punição. Essa nomeação não tira a possibilidade de punição, mas torna ela muito mais difícil para o comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio. Há uma indignação. Eu sempre disse que o momento que o Bolsonaro ia sentir uma dissociação muito grande na força, na tropa, era quando os generais da ativa começassem a brigar com os generais de pijama, porque eles estão no momento de comando deles. Os quatro-estrelas, que são o topo da carreira da ativa e estão no auge da carreira, querem exercer o poder que eles têm dentro da corporação de maneira plena. Eles estão sendo espezinhados, bypassados, transformados em nada por um capitão que foi expulso da tropa e por generais de pijama, que já não são considerados lideranças por eles dentro dos quartéis. É uma evidente quebra de hierarquia”, analisou o jornalista.
Luís Costa Pinto revelou ainda bastidores de conversas entre o comandante do Exército e pessoas próximas: “O momento é tenso com o general Paulo Sérgio. O general Paulo Sérgio pode, não digo que ele vá fazer, não afirmo e não sei se isso acontecerá de fato, mas ele conversou com pelo menos meia dúzia de pessoas, das quais duas conversaram comigo, que disse que pode entregar o cargo. Não aconteceu em momento nenhum uma mudança dupla, duas vezes o comando-geral do Exército mudar durante um governo. Muito menos num governo com um ex-militar colocado lá no palácio. É uma afronta”.
“O Pazuello, teoricamente, não se livra de punição alguma, mas o Bolsonaro redobra a aposta dele contra os generais da ativa, deixando claro, de maneira arrogante, que quem manda é ele. E deixando claro que ele quer a tropa de joelho, o que é impensável”, completou o jornalista.
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