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    Compra de Viagra pelas Forças Armadas atrapalha definição de Braga Netto como vice de Bolsonaro

    Ainda que Bolsonaro fale em "90% de chance" de o general ser anunciado como seu vice, há ainda dentro do governo disputas pelo posto, que ganharam força após o caso Viagra

    (Foto: ABr)

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    247 - Jair Bolsonaro (PL) sinaliza repetidamente que o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto (PL) deve ser anunciado como candidato a vice-presidente em sua chapa para este ano. Ele chegou a dizer que há "90% de chances" de Braga Netto compor a aliança.

    De acordo com José Casado, da Veja, há ainda no governo, por outro lado, disputas internas pelo posto. "Líderes dos partidos Progressistas (PP), Liberal (PL) e Republicanos (PR) tentam convencer Bolsonaro a escolher um civil, profissional da política e com capacidade de agregar segmentos do eleitorado muito além dos muros dos quartéis", diz o colunista.

    As disputas ganharam força depois que o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) revelou que as Forças Armadas compraram 35 mil unidades de Viagra. Apesar dos argumentos de que o medicamento seria utilizado para tratar casos de hipertensão pulmonar, as dosagens adquiridas (25 e 50 miligramas) são incomuns para esta finalidade, sendo utilizadas mesmo para disfunção erétil.

    A compra do remédio pelas Forças Armadas ocorreu durante a gestão de Braga Netto na Defesa. "Ontem, em Brasília, a vulnerabilidade da candidatura do general aposentado à vice de Bolsonaro era celebrada por seus adversários no governo, nos partidos que conduzem a campanha de reeleição e, também, pela oposição no Congresso", diz Casado.

    "Braga Netto está em campo minado", afirma o colunista, porque opositores do general querem fazer uma devassa na trajetória do possível vice de Bolsonaro.

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