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    Coronavírus: em Anápolis, brasileiros repatriados da China serão liberados neste domingo

    Na sexta-feira (21), foi feita a terceira e última coleta de material para exame específico para o novo coronavírus e resultados foram negativos

    (Foto: Reprodução)

    Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil

    O grupo de repatriados da China que está em quarentena na Base Aérea de Anápolis será liberado neste domingo (23). Na última sexta-feira (21), foi feita a terceira e última coleta de material para exame específico para o novo coronavírus e, análise do Laboratório Central do Estado de Goiás mostrou resultados negativos. Cada um dos repatriados recebeu uma declaração do Ministério da Saúde informando o estado de saúde livre da doença pelo novo coronavírus (COVID-19).

    "Todos os hóspedes da Base Aérea de Anápolis, que permanecem com o quadro assintomático, serão transportados, neste domingo, pela Força Aérea Brasileira para nove estados do Brasil", diz a nota divulgada pelo Ministério da Defesa neste sábado.

    Os destinos são os seguintes:

    Distrito Federal - 20 passageiros, sendo 9 militares, 1 profissional do Ministério da Saúde, 1 profissional da EBC e 9 repatriados;
    São Paulo - 13 passageiros, sendo 11 repatriados, um militar e uma integrante do Ministério da Saúde;
    Rio de Janeiro - 11 militares;
    Paraná - 5 repatriados;
    Santa Catarina - 4 repatriados;
    Minas Gerais - 3 repatriados;
    Pará - 1 repatriada;

    Dois repatriados, transportados para Brasília, seguirão em voos comerciais para o Maranhão e para o Rio Grande do Norte. Um repatriado permanecerá em Anápolis (GO). 

    Operação

    No dia 5 de fevereiro, duas aeronaves da Força Aérea Brasileira foram à China buscar brasileiros em Wuhan, epicentro da doença que já matou mais de 2.300 pessoas na China . Entre brasileiros e familiares de outras nacionalidades, 34 chegaram ao Brasil no dia 9 de fevereiro. Além dos repatriados, 24 profissionais que fizeram parte do resgate também estão cumprindo a quarentena de 18 dias contados a partir da decolagem do avião brasileiro no dia 5. O procedimento é um protocolo internacional para evitar a disseminação da doença no Brasil.

    Casos suspeitos

    Até o momento, no Brasil, não há registro de casos da doença. O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que, no período entre 18 de janeiro a 21 de fevereiro de 2020, foram notificados 154 casos para investigação de possível contaminação pelo coronavírus (COVID-19). O primeiro caso suspeito no Brasil foi notificado no dia 22 de janeiro de 2020. Desse total, apenas um caso (0,7%) caso permanece em investigação como caso suspeito, 51 (33,1%) foram descartados por confirmação laboratorial para outros vírus respiratórios e 102 (66,2%) foram classificados como excluídos, por não atenderem à definição de caso.

    "Destaca-se, no entanto, que todos os casos excluídos estão sendo monitorados conforme protocolo da vigilância da Influenza. O perfil epidemiológico do atual caso suspeito é: brasileira, sexo feminino, 21 anos de idade, residente da China, encontra-se atualmente no RJ, chegou ao Brasil no dia 17 de fevereiro de 2020, início dos sintomas no dia 11 de fevereiro de 2020 (febre,tosse,dor de garganta e fraqueza)", diz o boletim.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não foi estabelecido um tratamento definitivo para a doença. Contudo, a organização está aguardando os resultados de dois ensaios clínicos, incluindo uma combinação de medicamentos antivirais usados no tratamento do HIV. Os resultados devem ser conhecidos em três semanas.

    Disseminação

    Autoridades de saúde pública da China confirmaram, na sexta-feira (21), mais 109 mortes pelo novo coronavírus, elevando o total para 2.345 em todo o país. A maior parte ocorreu em Hubei, província onde o surto de coronavírus surgiu e cuja capital é Wuhan.

    As autoridades informaram sobre um número adicional de 397 casos confirmados, elevando o total de infecções para 76.288. Acrescentaram que o vírus está se alastrando em diversas prisões nas províncias de Hubei, Zhejiang e Shandong, onde mais de 500 presos e agentes penitenciários foram infectados.

    Edição: Aline Leal

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