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    Cúpula do Exercito diz confiar em Freire Gomes, mas espera explicações sobre reunião e "minuta do golpe"

    Generais da ativa também esperam que o ex-comandante do Exército justifique os motivos pelos quais não ordenou a desmobilização dos acampamentos golpistas em frente aos quartéis

    general Marco Antonio Freire Gomes (Foto: Alan Santos/PR)

    247 - A cúpula do Exército avalia que o general Marco Antônio Freire Gomes, último comandante do Exército do governo Jair Bolsonaro (PL), atuou como legalista no período em que este à frente do posto ao rejeitar participar das tratativas para um eventual golpe de Estado para manter o então mandatário no poder. Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do G1, apesar de manterem a confiança no colega de farda, ”generais da ativa querem que o ex-comandante esclareça como foram as conversas relatadas por Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sobre a ‘minuta do golpe’”.

    Segundo a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, o general Freire Gomes participou de pelo menos uma reunião preparatória do documento. Agora, o Exército espera que o militar possa explicar as razões pelas quais a trama golpista urdida no no Palácio do Alvorada não foi denunciada imediatamente pelo então comandante da Força. >>> PF vai apurar suspeita de omissão de ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica na trama golpista

    Os militares esperam, ainda, que Freire Gomes também preste explicações sobre não ter ordenado a desmobilização dos acampamentos golpistas montados em frente aos quartéis que defendiam uma intervenção militar para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Polícia Federal está investigando esses acampamentos como parte do inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

    “Em defesa de Freire Gomes, colegas de Exército dizem que o militar evitou o pior – que teria sido colocar as tropas do Exército a serviço de Bolsonaro para uma tentativa de intervenção militar”, ressalta a reportagem. 

    O envolvimento do general Estevam Theophilo, porém, foi considerado uma "péssima surpresa" dentro do Exército. Ainda conforme Valdo Cruz, “a cúpula do Exército sabia das posições de Estevam Theophilo a favor de Bolsonaro. O envolvimento como suposto intermediário para tentar mobilizar as tropas na direção do golpe, no entanto, estava fora do radar das Forças Armadas”.

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